Atropelador mata ao menos 6 em Nova York; FBI trata como terrorismo
Uma caminhonete invadiu uma ciclovia e deixou mortos e feridos na tarde desta terça (31) em Nova York, nas proximidades da rua Chambers, na região sul de Manhattan, conhecida por abrigar a prefeitura, o distrito financeiro e o World Trade Center.
O FBI investiga o caso como um ataque terrorista.
Segundo um policial disse à agência Associated Press, pelo menos seis pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas, mas não há confirmação oficial sobre as vítimas.
A Polícia de Nova York disse que há “diversos mortos e inúmeros feridos”. A situação está controlada, mas as autoridades pedem que as pessoas evitem a região.
De acordo com a polícia, uma caminhonete invadiu a rua West, uma ciclovia também usada para pedestres, atropelando quem estava no caminho. Após bater em outro veículo, o motorista saiu armado e foi atingido pelos policiais. Ele está sob custódia.
“Tinha visto o caminhão. Não era alguém fugindo do trânsito. Sabia que era terrorismo. Vi os dois corpos. Morreram na hora. Nem se machucaram. Estavam no chão. Eram dois ciclistas, e a picape atropelou as pessoas ali mesmo, do lado da ciclovia que vai margeando a água”, disse Eugene Duffy, chef de um restaurante próximo a onde aconteceu o atropelamento.
“Ele deve ter entrado por onde fazem entregas na rua 25. Esse lugar num dia normal é cheio de gente, ciclistas, pessoas passeando com seus cachorros. Se fosse num fim de semana, seria bem pior”, afirmou ele.
Nesta terça ocorre o Halloween nos Estados Unidos, data tradicional na qual as crianças costumam ir para a rua pedir doces.
Tawid Kabir, um estudante que estava na ponte de pedestres em cima da rua Chambers na hora que a caminhonete invadiu a via, disse ter visto o atropelador. “Ouvi cinco ou seis tiros, daí deitei no chão, com medo. Era um homem branco de barba. Ele tinha dois revólveres.”
O estudante John Williams também testemunhou o incidente. “Havia muitas pessoas ali na hora. Não vi a batida, mas sabia que eram tiros. Foram entre cinco e dez tiros.”
Nos últimos meses, o uso de caminhões e vans para atropelar grupos ou multidões tornou-se uma tática recorrente de terroristas inspirados pela facção Estado Islâmico, mesmo por aqueles que não têm vínculos com ela.
Editoria de Arte/Folhapress | ||