Bahia da Fonte x Bahia de fora: Mesmo time com atitudes diferentes

 Bahia da Fonte x Bahia de fora: Mesmo time com atitudes diferentes

Apático, desorganizado taticamente, retraído, submisso, sem determinação e sem vontade de vencer. Esse é o Bahia, quinto pior visitante da Série B, longe dos seus domínios. Apesar de ter o melhor desempenho dentro de casa no campeonato, o Esquadrão não consegue repetir as atuações que faz na Fonte Nova quando está longe da mesma.

O Tricolor de Aço, novamente, perdeu fora de casa. Desta vez, contra um adversário direto, o Londrina, que se manteve na quarta posição, empurrando o Bahia para o oitavo lugar. Em 15 partidas disputadas fora, o Esquadrão conquistou apenas 11 pontos, enquanto conseguiu pontuar 32 vezes na Fonte.

Há um mês e meio sem vencer fora dos seus domínios, o Bahia de Guto Ferreira, se almeja o acesso, precisa mudar de atitude quando não joga em Salvador. Devido a mais uma má atuação fora de casa, em que o Esquadrão se mostrou perdido em campo e sem empenho algum, voltamos ao questionamento: Por que o Bahia joga tão bem dentro, porém, cai muito de produção como visitante?

Logo vem em mente o apoio do torcedor, que é imprescindível e realmente faz a diferença, contudo, esse não é e não deve ser o fator determinante. Afinal, o time só renderá quando tiver apoio externo? Guto, geralmente, tem mantido o mesmo time quando está fora de Salvador, contudo, a atitude muda. Vemos um Bahia mais retraído, que procura manter o controle do jogo, mas acaba não sendo incisivo, facilitando o trabalho do adversário, que está habituado ao local e com a torcida ao seu lado.

A partida contra o CRB, até o desastre derradeiro, deu um certo alento ao torcedor, que viu um time que, mesmo na casa do adversário, procurava propor o jogo e, de forma organizada e coesa, dominava a partida, até que houve um apagão no final e o resultado em que se findou o confronto, refletiu a atual situação do Tricolor.

A solução? Difícil responder. No entanto, acredito que o time deve ser montado visando cada partida. Apesar de ser importante manter um padrão para que não falte entrosamento, o esquema tático e os atletas devem ser alterados a depender do adversário. Tem jogos que o Bahia terá que recuar, esperando e usufruindo do contra-ataque, com um meio-campo mais veloz, com jogadores que marquem bem e outros que sejam rápidos. Além disso, não pode dar sopa para o azar e, mais do que nunca, é necessário aproveitar as chances que tem.

Um exemplo não muito longínquo é o Bahia que conquistou o acesso à primeira divisão em 2010. Dentro de casa fazia o resultado, da mesma forma que o atual, enquanto distante de Salvador se apequenava em certos momentos e jogava com inteligência, aproveitando as oportunidades do jogo.

Vibrante, organizado e sem dar espaço para o adversário jogar e muito menos pensar, o Bahia da Fonte Nova, facilmente, conseguiria golear o Bahia visitante. Acorda, Gordiola! Vamos fazer esse time jogar, independente de em qual estádio ele esteja, se não for assim, não subiremos!

Resta a cada tricolor torcer por dias melhores e atuações também, pois agora teremos dois jogos em Salvador, e aqui, ninguém nos vence!

Matéria: Matheus Francisco / Soumaisbahia.com

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