Bahia lança operação com destruição de 1.200 armas ilegais e mira eliminação de 30 toneladas até o fim do ano

 Bahia lança operação com destruição de 1.200 armas ilegais e mira eliminação de 30 toneladas até o fim do ano

 

A Polícia Civil da Bahia deu início, nesta quinta-feira (29), à Operação Silêncio das Armas, com a destruição simbólica e judicialmente autorizada de 1.200 armas ilegais. A ação foi realizada na base da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), em Salvador, e marca o início de uma ofensiva que pretende eliminar, até dezembro, mais de 30 toneladas de armamentos apreendidos em todo o estado.

Entre as armas destruídas estão fuzis, submetralhadoras, pistolas, revólveres e espingardas artesanais, todas recolhidas nos últimos três anos em Salvador, na Região Metropolitana e em municípios do interior. O material foi esmagado por um rolo compressor, após passar por perícia e receber autorização judicial. Segundo o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, a destruição representa tanto uma medida concreta de segurança quanto um símbolo do combate às facções criminosas: “Armas ilegais são instrumentos de mortes violentas. Nosso trabalho é tirá-las das ruas e acelerar esse processo de forma permanente”.

Werner destacou ainda que, somente em 2024, houve um aumento superior a 20% na apreensão de armas, incluindo armamentos de alto poder de fogo. Ele também reforçou que as operações integradas entre forças de segurança estão sendo ampliadas em toda a Bahia.

O delegado-geral da Polícia Civil, André Viana, afirmou que a operação é parte de uma política permanente de “saneamento” das unidades policiais, que abrange não apenas armas, mas também drogas e veículos apreendidos. “São armas que não vão mais tirar a vida de ninguém. Isso representa segurança para a sociedade e melhores condições de trabalho para nossos policiais. Vamos continuar com esse trabalho de forma sistemática”, garantiu.

Grande parte do arsenal destruído chegou à Bahia por rotas ilegais oriundas do Sudeste e de áreas de fronteira, conforme explicou o delegado. “Essas armas vieram para matar. Nosso compromisso é eliminá-las definitivamente. E optamos por não reaproveitá-las para nossas forças, pois estamos investindo em armamentos modernos e padronizados”, completou.

O coordenador da Fiscalização de Produtos Controlados da Polícia Civil, Arthur Gallas, ressaltou que a ação também serviu como teste logístico para as próximas etapas da operação. “Muitas das armas destruídas hoje estavam armazenadas em delegacias. Retirá-las ajuda a prevenir riscos e impede que voltem às ruas. Um fuzil no mercado ilegal pode custar até R$ 80 mil. Impedir isso é proteger vidas”, disse.

Segundo Gallas, há um crescimento preocupante no uso de armas de guerra por organizações criminosas, o que também exige uma resposta à altura por parte das forças policiais. “A partir do próximo mês, a Bahia receberá novos fuzis calibre 7.62, reforçando o poder de fogo do estado. Até o fim do ano, novas remessas devem chegar para equipar nossas unidades”, finalizou.

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