Baiano Robson Conceição bate francês e ganha 1º ouro brasileiro no boxe em Jogos na história

 Baiano Robson Conceição bate francês e ganha 1º ouro brasileiro no boxe em Jogos na história

Robson Conceição fez história nesta terça-feira. Empurrado pelos torcedores presentes no pavilhão seis do Riocentro, o baiano confirmou seu favoritismo com uma vitória incontestável para se consagrar como o primeiro pugilista medalhista de ouro do Brasil em Olimpíadas. O feito histórico veio após vencer a luta contra o francês Sofiane Oumiha por decisão unânime  dos jurados (30-27, 29-28 e 29-28) na categoria dos pesos-leves (até 60 quilos).

Neste último um ano e meio, Conceição se dividiu entre treinos com a seleção brasileira em São Paulo e com seu técnico pessoal, Luiz Dórea, na Bahia. Isso porque o pugilista baiano queria ficar mais perto da família após o nascimento da filha Sophia.

Apesar dessa “divisão”, Robson participou de todos compromissos importantes da seleção, como finalizações para torneios, como o Mundial, e training camps em outros países. Quem o acompanhou nessas lutas da APB (Liga Profissional da Aiba) foi o técnico Mateus Alves, da Confederação Brasileira de Boxe.

CAMINHO ATÉ O OURO

Robson Conceição precisou fazer três lutar até chegar à final da competição. Na estreia da Rio-2016, teve pela frente Anvar Yunusov, do Tadjiquistão, e logo mostrou a que veio. Com toda sua qualidade, venceu por nocaute técnico, já que o tadjique não voltou ao segundo assalto.

Na sequência, nas quartas de final, precisou superar Hurshid Tojibaev, do Uzbequistão, para já garantir ao menos uma medalha olímpica. Com uma vitória por decisão unânime dos jurados (30-27/30-27/29-28), avançou à semifinal, que já lhe bastava para ficar com um bronze.

Mesmo com um terceiro lugar garantido, Conceição queria mais. Quinto colocado no ranking elaborado pela Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA, na sigla),Robson superou então o cubano Jorge Lazaro Alves, então líder do ranking e tricampeão mundial na divisão, para chegar à decisão.

 

Por Eduardo Ohata e José Ricardo Leite

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