Biblioteca Virtual anuncia 5ª edição da Revista Bahia com História

 

Com uma variedade de temas sobre a história e as artes, passando por videogames e mapeamento de grupos de dança em todo o país e chegando aos 100 anos do Terreiro Bate Folha, a Biblioteca Virtual Consuelo Pondé anuncia a 5ª edição da Revista Bahia com História. A abertura é do artista plástico, designer gráfico e cenógrafo, J Cunha, com a pintura acrílica sobre tela Mandacaru Fulô.

De acesso livre, a revista digital para divulgação de pesquisas sobre as diversas dimensões da trajetória e experiência do povo baiano estará disponível ao leitor a partir desta quarta-feira (8), no site da Biblioteca Virtual, que é vinculada à Fundação Pedro Calmon/ SecultBA.

“Escolhemos publicar um número maior de artigos com objetivo de ampliar temáticas que não tínhamos trabalhado ainda. Por exemplo, nesta edição temos um artigo sobre games, uma indústria poderosíssima, então trouxemos essa temática com um viés mais histórico, econômico e industrial”, disse o diretor da Biblioteca Virtual, e editor da revista, Clíssio Santana.

Na publicação, Clíssio entrevistou o cineasta Antônio Olavo, diretor dos documentários “A História de Canudos” e “Quilombos da Bahia”, além de outros. Ainda este ano, o cineasta lançará a obra “Revolta dos Búzios”.

Artigos

O doutor em Cultura e Sociedade, Armando Almeida, escreveu o artigo “Um certo lado da história da fundação do Ilê Aiyê”, trazendo os contextos artístico, político e social da criação do primeiro bloco afro do brasil. Já o mestre em História, Alan Passos, discorreu sobre “Os usos do passado no Cortejo dos Quatro Séculos de Salvador (Bahia, 1949)”, no qual analisa criticamente o cortejo.

“Mário Gusmão: Um herói negro nos céus da Bahia” é o artigo escrito por Jeferson Bacelar, doutor em Ciências Sociais. Na publicação, ele fala sobre o primeiro negro formado na Faculdade de Teatro da UFBA. Nivaldo Dutra, doutor em História Social, falou sobre “A Casa de Nanã Burokê: espaço sagrado em Mangal/Barro Vermelho – Sítio do Mato – Bahia”, no qual fala da comunidade localizada na região do médio São Francisco.

A Pós-doutoranda em História, Rita de Cássia Pereira, publicou o artigo “Os acervos da Justiça do Trabalho e a História dos Trabalhadores da Bahia: dilemas e perspectivas”, contra o descarte de documentos de valor histórico pelas Varas de Justiça do Trabalho.

Já Lívia Fialho Costa, pós-doutorada em História e Marcus Vinicius Ávila, mestre em Educação e Contemporaneidade, escreveram o artigo “A expressão do lúdico numa comunidade negra rural da Bahia: o grupo cultural Arguidá”.

A doutoranda em história, Mayara Pláscido Silva, falou sobre a produção do fumo e seus derivados em: “Considerações sobre produção e produtores/as de fumo no pós-abolição em Feira de Santana”. Já Diogo Carvalho, doutorando em História, discutiu a aplicabilidade do conceito de imperialismo no mercado de jogos eletrônicos no artigo “Passando de fase: a monopolização do mercado de videogames”.

Documento e Homenagem

Na seção “Documento” da Revista Bahia com História, as doutoras em Letras e Linguística, Alícia Duhá Lose e Vanilda Salignac Mazzoni, descrevem o processo de higienização, organização, inventariação, catalogação, recuperação, transcrição e publicação da Coleção de Livros do Tombo do Mosteiro de São Bento da Bahia.

Nesta edição, a homenagem é para o Terreiro do Bate Folha através do artigo “100 anos do Terreiro de Candomblé de Bernadino do Bate Folha”. Nesta homenagem, o doutorando em História Social, Erivaldo Sales, descreve o contexto histórico da implantação do Terreiro e a biografia de Manuel Bernardino da Paixão, fundador do templo religioso.

Finalizando a edição, na seção “Singular”, o leitor encontrará o “Mapeamento da Dança: Pesquisa inédita apresenta diagnóstico da dança em oito capitais brasileiras”. A pesquisa foi coordenada pelas professoras da UFBA, Lúcia Mattos e Gisele Nussbaumer, que fizeram um cadastramento de agentes da Dança e analisaram aspectos sociais, econômicos e artísticos da área.