Boa Vista do Tupim: obras inacabadas de milhões de reais do Governo Federal, deixadas pela antiga gestão acumulam na cidade
Relatório apresentado por uma equipe de engenheiros integrantes da Comissão de Transição da prefeitura de Boa Vista do Tupim, assinado pelos engenheiros Renê Azevedo Brito e Mabel da Silva Damião, revelam que milhões de Reais em investimentos do governo federal, repassados em convênios nos últimos três anos, para a construção de 16 obras no interior do município, foram desperdiçados, gerando graves prejuízos aos cofres públicos e à população, por incompetência gerencial e administrativa do governo do PT. São várias escolas, salas de aulas, creches, quadras esportivas e postos de saúde, em obras inacabadas de péssima qualidade construtiva, com erros de cálculos estruturais, além de uso de material de construção inadequados. “Muito dinheiro público jogado no lixo de forma irresponsável e criminosa, pelo incompetente Gidu Trabuco, do PT”, bradou o prefeito Helder Lopes Campos ao receber o relatório na semana passada.
Prejuízos de quase R$10.0 milhões
Estimativas dos técnicos da prefeitura projetam que os prejuízos causados pela má gestão do ex-prefeito do PT se aproximam de R$10.0 milhões de Reais, considerando o montante de obras que o governo federal liberou nos últimos três anos. Apenas para uma Quadra Poliesportiva Coberta, o Ministério do Planejamento registra que liberou através do Programa PAC 2, um convênio no valor de R$1.330.000,00, cujos últimos repasses ocorreram em 30 de junho de 2016, quando se delineava a campanha eleitoral. O prefeito do PT, Gidú Trabuco, pouco fez, mas muito dinheiro recebeu, como demonstra o Portal da Transparência Nacional: do Ministério das Cidades recebeu R$1.441. 596.00; entrou ainda para os cofres de sua gestão mais R$487.500,00 do Ministério do Esporte; Mais R$500.000,00 do Ministério da Saúde para esgotamento sanitário; e uma bonificação da Presidência da República no valor de R$337.721,21 para estradas vicinais.
Obras paralisadas na educação
Dentre as obras vistoriadas e analisadas pelos engenheiros e cadastradas no Relatório da Comissão de Transição, constam o Centro Educativo do Assentamento Bandeira, com 2 salas, secretaria, cantina e banheiros, cuja laje de concreto encontra-se comprometida por falha de escoramento, estando apenas executado de 35,08% da construção; Centro Educativo do Assentamento Nossa Senhora Auxiliadora, com 2 Salas, na localidade de Pé do Morro, com apenas 38,80% edificado; Centro Educativo Assentamento Aliança, equipado com 2 Salas, com 39,07, % da obra inacabada; Centro Educativo Assentamento Beija Flor, Modelo B do PAC II, para ofertar 4 Salas, biblioteca, laboratório e administração, mas a obra está paralisada com 50,32, % da construção; Centro Educativo Assentamento Grotão com duas Salas, tem construído apenas 32,55 % da obra; Centro Educativo do Assentamento Cambuí, também com duas Salas, está paralisado com 38,98 % da obra; Centro Educativo do Assentamento Santa Fé com duas Salas, encontra-se inacabado com 40,68 % construído; a maior escola em construção é o Centro Educativo do Assentamento Torre de Sião com 6 salas financiadas pelo PAC II, cuja obra está paralisada com apenas 34,35 % da construção.
Postos de saúde e quadras inacabadas
Os serviços de saúde no interior do município poderiam ter melhorado muito, se os postos de saúde que tiveram as obras iniciadas, estivessem prontos e funcionando. Porém, por incapacidade administrativa do PT, o Relatório denuncia que estão inacabadas as obras da Unidade Básica de Saúde do Assentamento Cana Brava, com apenas 38,07, % da construção; Unidade Básica de Saúde do Assentamento Grotão, tendo edificado apenas 54,83, % da obra; Unidade Básica de Saúde do Assentamento Barra Verde, que, apesar recebida a verba do convênio, foi iniciada apenas as escavações das fundações, apresentando a menor medição, com apenas 3,60, % da obra.
Na área esportiva também prejudicada por todo o município, encontram-se inacabadas as obras de construção de uma Quadra Coberta do Assentamento Beira Rio, com apenas 24,83, % construído; e também foram interrompidas as obras da Quadra Coberta do Povoado Terra Boa, onde consta apenas 52,09, % da edificação.