Bolsonaro passa por cirurgia de emergência para desobstrução intestinal em Brasília

Ex-presidente enfrenta novo procedimento cirúrgico após série de complicações decorrentes do atentado de 2018; médicos descrevem intervenção como complexa
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido neste domingo (13) a uma cirurgia de laparotomia exploradora para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento, considerado de alta complexidade, foi necessário devido a um agravamento do quadro de saúde do ex-mandatário, que já havia sido internado na sexta-feira (11) em Natal (RN) com fortes dores abdominais.
Detalhes da cirurgia
De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, a equipe optou pela intervenção cirúrgica após avaliação conjunta. O procedimento visa:
– Liberar aderências intestinais (causadas por cirurgias anteriores);
– Reconstruir a parede abdominal (que já havia sido submetida a múltiplas intervenções).
O médico Leandro Echenique, integrante da equipe que acompanha Bolsonaro, explicou que a cirurgia é “bem extensa” devido às sucessivas manipulações no abdômen do ex-presidente desde o atentado sofrido em 2018, em Juiz de Fora (MG).
Quadro clínico preocupante
Segundo o médico pessoal de Bolsonaro, Cláudio Birolini, este é o pior quadro clínico do ex-presidente desde o ataque à faca há sete anos. Apesar de inicialmente descartar uma cirurgia de emergência, a evolução do caso exigiu a intervenção.
Bolsonaro já passou por cinco cirurgias abdominais desde 2018, e o quadro de suboclusão intestinal é comum em pacientes com histórico de múltiplas operações. Desta vez, porém, a obstrução se apresentou de forma “mais exuberante”, nas palavras de Birolini.
Trajetória da internação
– Sexta-feira (11): Bolsonaro sente fortes dores durante agenda em Santa Cruz (RN) e é internado no Hospital Rio Grande, em Natal.
– Sábado (12): Transferido de avião para Brasília, chegando por volta das 22h.
– Domingo (13): Submetido à cirurgia no DF Star, com previsão de longa duração.
Reações políticas
Autoridades enviaram mensagens de apoio:
– Tarcísio de Freitas (governador de SP): “Desejo força e pronta recuperação ao presidente Bolsonaro.”
– Rogério Marinho (senador): “A cirurgia será demorada, mas ele está em boas mãos.”
Próximos passos
A equipe médica acompanhará a recuperação pós-operatória, que deve exigir repouso prolongado. O caso reacende discussões sobre o impacto duradouro do atentado de 2018 na saúde do ex-presidente.
**Atualização:** Até o momento, não há novo boletim médico sobre o estado de Bolsonaro após a cirurgia.