Brasil ainda aguarda conclusão de 2,7 mil obras de saúde com verbas federais paradas

 Brasil ainda aguarda conclusão de 2,7 mil obras de saúde com verbas federais paradas

Apesar do anúncio do governo Lula sobre a prioridade na retomada de obras paradas, o Brasil ainda possui 2.762 intervenções na área da saúde inacabadas ou paralisadas, segundo dados do Ministério da Saúde. Até o momento, R$ 491,5 milhões já foram desembolsados para esses projetos, que estão classificados como elegíveis para retomada. Além disso, há 670 obras canceladas devido à falta de manifestação dos gestores responsáveis quanto ao interesse na continuidade.

No final de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que criou o Pacto Nacional pelo Avanço de Obras Inacabadas, reafirmando o compromisso de reativar projetos na área. Na ocasião, o governo contabilizou 5.573 empreendimentos não concluídos na Saúde, sendo a maioria unidades básicas de saúde (UBS). No entanto, o avanço tem sido lento.

Em setembro do último ano, após dez meses de vigência do pacto, o Ministério da Saúde anunciou a reativação e repactuação de mil obras — apenas 18% do total elegível. A medida, assinada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, previa um investimento de R$ 353 milhões.

As obras foram classificadas em dois grupos principais:

Reativação: Projetos já concluídos, mas sem atualização no sistema Sismob, o que exige regularização para evitar a devolução dos recursos federais utilizados.
Repactuação: Compromissos firmados entre estados, municípios e o Ministério da Saúde para retomar a execução dos projetos.
O prazo para assinatura dos termos de repactuação encerrou-se na última sexta-feira, embora, pelo cronograma original, essa etapa devesse ter sido concluída até setembro de 2024.

No início do ano passado, o ministério iniciou contato com os municípios responsáveis pelas 5,5 mil obras inacabadas. Destas, 3.594 tiveram manifestação de interesse para retomada. Contudo, apenas 2.504 apresentaram a documentação necessária, e até agora, somente mil foram aprovadas e incluídas na portaria oficial do Ministério da Saúde.

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