Brasileiro desaparecido em rave atacada pelo Hamas é encontrado morto
Ranani Glazer, de 24 anos, um dos brasileiros desaparecidos durante a festa rave em Israel, após ataque do grupo terrorista Hamas, foi encontrado morto. A informação foi confirmada pela tia do jovem, Karen Glazer, ao jornal O Globo nesta segunda-feira (9). A morte ainda não foi confirmada pelo Itamaraty.
Antes de desaparecer, Glazer estava com a namorada, também brasileira, Rafaela Treistman e o amigo Rafael Zimerman. Eles foram resgatados no sábado (7) pelas forças de segurança israelenses na rave Universo Paralello. Zimerman foi hospitalizado.
A festa acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.
“O Exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. É tudo o que sabemos. Não temos informações de como e onde (o corpo foi encontrado)”, disse a tia de Ranani.
Glazer era brasileiro-israelense, natural do Rio Grande do Sul, e morava em Israel há sete anos. Ele prestou serviço militar no país.
Ainda há duas brasileiras desaparecidas, de acordo com informações do Itamaraty: Bruna Valeanu, de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes, de 41 anos.
206 corpos
Foram encontrados 260 corpos no local de um festival de música no sul de Israel, que foi atacado pelo grupo Hamas. O número vem da organização de busca e resgate Zaka, citada pelos meios de comunicação israelenses.
A rave era a edição israelense da festa de música eletrônica Universo Paralello, evento criado no Brasil pelo DJ Juarez Petrillo, pai de Alok. Petrillo e fãs brasileiros estavam na rave em Sderot, cidade israelense que fica próxima da fronteira com a Faixa de Gaza, durante o ataque.
Também havia brasileiros entre os fãs presentes no festival durante o início dos ataques, que aconteceu perto da fronteira sul de Israel. Segundo informações do Itamaraty, um brasileiro ficou ferido e foi hospitalizado, mas já foi liberado e passa bem. Outros dois brasileiros estão desaparecidos. Ranani Glazer foi encontrado morto.
Segundo Alok, Juarez apenas licenciou os direitos da marca Universo Paralello a produtores israelenses, e não foi organizador da festa no local.
“O meu pai foi contratado a se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em diversos outros países. O produtor israelense licenciou o uso da marca e produziu o evento por conta própria, sendo o meu pai uma das atrações”, postou o DJ nas redes sociais.