Bruno Reis não paga o piso e professores de Salvador entram em greve

 

Na manhã desta terça-feira, (6), os professores da rede municipal de ensino de Salvador deflagraram uma greve por tempo indeterminado, após assembleia realizada na Praça do Campo Grande. A decisão ocorre em meio a impasses nas negociações salariais com a prefeitura.

A categoria reivindica o cumprimento do Piso Salarial Nacional do Magistério, estabelecido em R$ 4.867,77 para uma jornada de 40 horas semanais. Atualmente, os professores municipais recebem valores inferiores, com defasagens que ultrapassam 58% em alguns casos. Além disso, os educadores exigem melhores condições de trabalho, infraestrutura adequada nas escolas, respeito à saúde dos profissionais e liberação das aposentadorias pendentes.

Segundo Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB Sindicato, a proposta da prefeitura de reajuste de 4%, dividida em duas parcelas de 2% em maio e outubro, foi rejeitada pela categoria. “O prefeito Bruno Reis não quer pagar o piso. A categoria rejeitou e entramos em greve por tempo indeterminado”, afirmou Oliveira.

A greve afeta diretamente o funcionamento das escolas municipais, com suspensão das aulas e atividades pedagógicas. Pais e responsáveis expressam preocupação com o impacto na educação dos alunos, enquanto reconhecem a legitimidade das reivindicações dos professores.

A APLB Sindicato anunciou que manterá a mobilização com atos públicos e passeatas em diversos pontos da cidade, visando pressionar o poder público por respostas concretas. A entidade também conclama a população a apoiar a luta por uma educação pública de qualidade.

Até o momento, a prefeitura de Salvador não se pronunciou oficialmente sobre a greve. A continuidade do movimento dependerá do avanço nas negociações entre a gestão municipal e os representantes da categoria.

Foto: Ascom PMS