Café Cultural destaca importância da história afrobrasileira e local nos processos pedagógicos

 Café Cultural destaca importância da história afrobrasileira e local nos processos pedagógicos

Criado para homenagear professores da rede municipal de ensino que desenvolvem trabalhos de combate ao racismo com os educandos, o Projeto Café Cultural é realizado a cada dois meses. O objetivo é destacar a importância da cultura afrobrasileira e da história de Lauro de Freitas nos processos pedagógicos.

Iniciativa do Departamento de Inclusão e Diversidade da Coordenação da Educação Básica, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), o projeto homenageou ao longo deste ano, dez profissionais da educação que tiveram seus trabalhos reconhecidos e suas contribuições para o desenvolvimento da educação municipal destacadas.

No último dia 14, na 10ª edição do projeto, foram homenageados os educadores Ana Cristina, lotada na Escola Municipal de Cidade Nova, e o professor de história, Gildásio Freitas, cujo trabalho representa uma contribuição para a atualização da memória de Lauro de Freitas. Reflexões referentes às discussões sobre etnia, autoafirmação cultura afrobrasileira e história local em atividades pedagógicas predominaram durante o evento, ressaltando a importância do dia Consciência Negra, em 20 de novembro.

“Não poderíamos deixar de realizar uma edição do Café Cultural neste mês, quando reafirmamos nossa luta cotidiana contra o racismo e, sem dúvida, a escola é um dos locais extremamente apropriados para mantermos essas discussões, pois estamos colaborando para a construção de cidadãos livres”, explicou o coordenador do Departamento de Inclusão e Diversidade, Eriosvaldo Menezes. “Reconhecer os educadores que desenvolvem este trabalho é também uma forma de perpetua-lo”.

Para os professores homenageados, mais que a valorização profissional, o Café Cultural é uma forma de incentivo à produção da pesquisa e desenvolvimento de processos pedagógicos condizentes com a contemporaneidade local e mundial.

“Este projeto nos estimula a querer inovar e lutar por uma educação melhor, porque sabemos que é nossa obrigação fazer isso, e quando o nosso trabalho é acompanhado de homenagem é muito mais gostoso”, ressaltou Ana Cristina, que leva a questão étnica para a Educação Infantil.

A educadora já publicou quatro livros com a temática. O quinto, intitulado ‘Mapas traçados e tranças’, está em fase de finalização pela Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). “Meu trabalho fala da inteligência do negro, da beleza do negro, saindo do discurso de escravidão e de sofrimento. Neste último livro, relato a estratégia utilizada pelos negros da tribo Nagô que utilizavam as tranças nos cabelos das mulheres para construir mapas, indicando o caminho da senzala para o quilombo”.

Emocionado, o professor e historiador Gildásio Freitas revela gratidão pela homenagem. “Toda homenagem tem sempre um significado diferente. Essa iniciativa do Café Cultural representa a construção de um banco de dados sobre o trabalho dos professores da rede municipal”, ponderou.

Autor de cinco livros, a grande contribuição do educador é traçar um relato sobre a história do município. “Minha preocupação era construir um material sobre a geografia e história local para oferecer aos residentes conhecimentos sobre o seu próprio território”.

O projeto Café Cultural terá continuidade no próximo ano, sempre destacando profissionais da rede que atuam com o objetivo de colaborar com a formação de cidadãos aptos a construírem uma sociedade mais justa e mais igualitária. Fotografias da última edição deste ano de 2019 estão disponíveis na fanpage da Semed – https://www.facebook.com/educalauro/.

ASCOM PMLF/SEMED

18/11/2019

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