Câmara deve instalar três CPIs nesta quarta-feira
Nesta quarta-feira (17), a Câmara dos Deputados planeja instalar três comissões parlamentares de inquérito. As CPIs investigarão as irregularidades na prestação de contas das Americanas, um esquema de manipulação de resultados em partidas do campeonato brasileiro de futebol e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Até a noite de terça-feira (16), contudo, ainda não havia sido publicada no sistema da Câmara nenhuma convocação para a eleição dos presidentes das comissões.
Os principais cargos dos três colegiados já foram selecionados por um acordo entre o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e os líderes partidários, porém ainda precisam ser oficializados durante as suas instalações.
O presidente da CPI é encarregado de estabelecer o cronograma das sessões e a sequência dos depoimentos. Enquanto isso, o relator tem a responsabilidade de definir o plano de trabalho, que orientará as atividades da CPI, e redigir o parecer final, que detalhará as medidas adotadas pelo grupo.
Na CPI das Americanas, o presidente será o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE) e o relator será Carlos Chiodini (MDB-SC). Já na CPI das Apostas Esportivas, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que possui envolvimento com as questões relacionadas ao esporte e turismo na Casa Legislativa, foi designado como relator da CPI, ao passo que o cargo de presidente será ocupado por Júlio Arcoverde (PP-PI).
No caso da CPI do MST, essa será a única comandada pela oposição. O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado Ricardo Salles (PL-SP) assumirá o papel de relator, enquanto o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) será o presidente.
Outras comissões
Uma quarta CPI da Câmara, que investiga o uso de criptomoedas, está prevista para ser criada, embora ainda não tenha previsão de data para isso. O deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), responsável por coletar as assinaturas, deve assumir a presidência, e um deputado do PT deve ser o relator.
Já a instalação da CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro não tem perspectiva de acontecer. Senadores da base do governo não escondem a vontade de que o colegiado seja instalado, enquanto isso, a oposição diminuiu a pressão pela instalação após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sofrer derrotas consecutivas na Justiça.