Câmara dos Deputados aprova criação da Carteira Nacional de Identificação da Pessoa com Deficiência

 Câmara dos Deputados aprova criação da Carteira Nacional de Identificação da Pessoa com Deficiência

Projeto de autoria de Otto Alencar Filho originou o debate

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (26) o projeto de lei que institui a Carteira Nacional de Identificação da Pessoa com Deficiência (CNIPCD), um documento que será válido em todo o território nacional e que dispensará a apresentação de outros documentos para comprovar a deficiência, além da própria carteira. O PL 2.473 de 2022, de autoria do deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), originou o debate sobre o tema e foi apensado ao projeto final.

A CNIPCD terá validade mínima de cinco anos e utilizará o CPF como número de identificação. Para sua emissão, a pessoa ou responsável deverá apresentar documentos que comprovem a deficiência, por meio de avaliação biopsicossocial, conforme determina o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15). A regulamentação da emissão ficará a cargo do Poder Executivo.

Além disso, o projeto prevê que a pessoa com deficiência poderá solicitar, de forma expressa, que a deficiência seja mencionada no novo modelo da Carteira de Identidade Nacional (CIN). A inclusão da informação também dependerá da apresentação de avaliação biopsicossocial.

Tanto a emissão da CNIPCD quanto a inclusão da deficiência na CIN serão gratuitas e terão validade em todo o território nacional. A proposta ainda assegura a proteção de dados pessoais, conforme as diretrizes da **Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/18).

Durante o processo de solicitação, será garantida acessibilidade em conformidade com a legislação vigente.

Em sua justificativa, o deputado Otto Alencar Filho destacou que a criação da CNIPCD trará maior independência e proteção para as pessoas com deficiência, especialmente em situações de abordagem policial ou em ocorrências relacionadas a sinistros, facilitando o acesso a informações essenciais sobre saúde.

“Ao inserir informações sobre a deficiência no documento e no crachá do cidadão, garantimos que seus direitos sejam reconhecidos e exercidos em todo o país, por meio de um documento permanente. Essa ação contribuirá para a promoção da justiça e a melhoria das condições de vida das pessoas com deficiência”, afirmou o parlamentar.

Agora, o projeto segue para discussão no Senado Federal.

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