Chape paga indenizações às famílias das vítimas
A Chapecoense se pronunciou na tarde desta quarta-feira (11) a respeito das ações jurídicas que o clube realizará referente às indenizações das vítimas do acidente em Medellín, ocorrido no dia 29 de novembro de 2016, quando a equipe viajava para disputar a primeira partida da final da Copa Sul Americana, contra o Nacional de Medellín.
O vice-presidente jurídico do clube, Luiz Antonio Pallaoro, concedeu entrevista e afirmou que a CBF e o clube já pagaram as indenizações cabíveis na lei aos familiares das vítimas. No entanto, enfatizou que a Chape poderá realizar ações jurídicas contra o governo boliviano e também contra a empresa aérea LaMia.
“O clube já gastou mais de R$ 1,4 milhões apenas para registrar os novos jogadores nas federações. Estamos tentando um valor mais adequado em função da tragédia, mas esse é o custo que nós tivemos. E se nós temos que pagar isso, alguém tem que nos ressarcir, porque tivemos uma perda dos nossos ativos, nosso patrimônio. Atletas que teriam mais três anos, por exemplo, no futebol, poderiam trazer lucro financeiro no futuro para a Chapecoense. Essa é a situação dos familiares também”.
Luiz também explicou como funcionou o pagamento dos seguros realizados pela CBF e pelo clube:
“A Chapecoense possuía um seguro que equivalia a 14 salários. Na lei está estipulado 12, mas nós acrescemos o 13º salário e as férias. E havia uma cláusula de que se houvesse algum acidente, morte trágica, como aconteceu, dobraria o valor. Cada jogador recebeu 28 salários da Chapecoense e 12 da CBF. São 40 salários. O salário é o que estava em carteira, o resto é direito de imagem, de arena e afins. Se o camarada ganhava R$ 50 mil, ganhou R$ 2 milhões à vista, já pagos. Neste primeiro momento, mesmo com a dor da tragédia, pelo menos financeiramente já receberam. Não tínhamos atletas que ganhavam R$ 100 mil por mês”, disse.