Chapecoense vai ‘praticamente começar do zero’, diz vice-presidente do clube
O vice-presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, afirmou na tarde desta quarta-feira (30) que o time vai precisar praticamente “começar do zero” após a tragédia com um avião que matou quase todo o time na madrugada de terça (29), em Medellín, na Colômbia. Em entrevista coletiva, o dirigente agradeceu a solidariedade de times que se comprometeram a emprestar, gratuitamente, jogadores ao clube e disse que toda a ajuda será necessária para reerguer a agremiação. “Vamos precisar de muito apoio dos clubes, da Rede Globo, da CBF para manter nosso time. Perdemos praticamente todos os nossos jogadores. A partir da semana que vem, vamos pensar, mas não temos 11 jogadores para colocar em campo. Precisamos muito da ajuda de todos os clubes”, relatou Tozzo. Dirigentes da Chapecoense informaram também que ainda não é possível anunciar uma data para o velório coletivo dos corpos. O clube pretende velar todos os corpos, até o dos jornalistas mortos na tragédia, na Arena Condá, estádio da Chapecoense. “Ainda não há definição oficial se todos serão velados no estádio, mas vamos pedir autorização a todas a famílias para trazer os corpos para cá”, afirmou um dirigente. Ainda de acordo com ele, os corpos serão trazidos ao Brasil por aviões da Força Aérea Brasileira, e os caixões serão lacrados. O clube estima que cerca de 100 mil pessoas compareçam ao velório. A Chapecoense também estuda se ingressará com medidas judiciais contra a companhia aérea Lamia, dona do avião que se acidentou. O piloto da aeronave, que morreu na tragédia, era proprietário da empresa.