Cientista da NASA alerta para enorme asteróide
Se a Terra for inesperadamente atingida por um enorme asteroide, “não há nada que possamos fazer com isso”, afirmou o cientista sênior da NASA Joseph Nuth.
No decorrer de um painel da União Geofísica Americana sobre a proteção do planeta contra a eventual queda de um asteroide, Nuth destacou que a NASA não está adequadamente equipada para montar um sistema defensivo caso o chamado asteroide assassino seja detectado.
Em 2014, o cometa Siding Spring se aproximou a uma “distância mínima” de Marte. Alguns cientistas avaliaram que o Siding Spring poderia ter provocado uma explosão de 24 bilhões de megatons de TNT (por volta de 24 vezes maior que toda a energia solar que atinge a Terra em um ano), criando uma cratera de quase 500 quilômetros no diâmetro e por volta de 1,5 quilômetros de profundidade. A NASA tinha detectado o Siding Spring cerca de 22 meses antes de ele passar por Marte, o que, segundo diz Nuth, não é suficiente para arranjar um sistema de proteção.
“Se você olhar para o calendário de lançamentos de astronaves de alta precisão, vai ver que os preparativos para o lançamento levam 5 anos”, disse Nuth ao referir-se ao método preferido dos cientistas para proteger a Terra, isto é, usando um “pêndulo cinético”, um objeto de alta velocidade que deve colidir com o asteroide, forçando-o mudar sua direção e evitando que choque com o nosso planeta.
O cenário alternativo é destruir o asteroide com explosivos superpotentes, tal como nos filmes populares, por exemplo, no Armagedom ou Impacto Profundo. De tal maneira, o asteroide simplesmente se desintegrará em milhões de destroços, sendo alguns deles bastante grandes, que também acabarão por atingir a Terra, aumentando geograficamente a área de destruição, mas com menor potência.