Com mais de 15 mil casos em 4 anos, epidemia de Sífilis preocupa baianos

O problema da Sífilis, doença sexualmente transmissível, está preocupando os baianos. Isso porque a incidência da bactéria já está sendo considerada como epidemia: de janeiro de 2012 até agosto de 2016, já foram registrados 15.948 na Bahia, segundo dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). 

A secretaria divulgou outros dados preocupantes: entre janeiro de 2007 e julho de 2016, foram registrados 10.644 casos de sífilis em gestantes e 6.794 casos de sífilis em crianças com menos de um ano de idade. Houve um aumento gradual da doença na Bahia, principalmente se forem considerados os últimos 3 anos. Em 2014, foram 6843 casos (2132 gestantes). Já em 2015 o número subiu para 8.504 (2.208 gestantes). Em 2016, que ainda está em andamento, já foram registrados 7106 (1822 gestantes).

A sífilis atinge o ser humano, podendo provocar lesões nos órgãos internos.  Ela se divide em três estágios: a primária, a secundária e a terciária. Na fase primária, que pode durar poucos dias ou até três semanas, trata-se de uma pápula (lesão sólida da pele), que pode se transformar em uma úlcera não-dolorosa na região dos órgãos genitais.

Na fase secundária, caso não haja tratamento na fase primária, já existem erupções pelo corpo (principalmente na solas dos pés e nas palmas das mãos) e também outros sintomas, como: febre, mal-estar, perda do apetite, dor nas articulações, lesões oculares e queda de cabelo. A fase terciária da doença é a mais grave de todas e pode causar sérios danos como aneurismas cerebrais, lesões no coração, AVCs e até meningites.

O diagnóstico da sífilis pode ser feito de maneira muito simples, porque a úlcera dela é bem característica e apenas com a avaliação clínica ela pode ser identificada. Já o tratamento da doença é feito com a Penicilina benzatina, conhecida como Benzetacil.

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