Confirmação de gripe aviária no RS: saiba os riscos e o que dizem autoridades

 

O Brasil registrou oficialmente, pela primeira vez, um foco de gripe aviária (IAAP) em uma granja comercial de aves localizada no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A confirmação foi feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na sexta-feira (16). Até o momento, o surto segue restrito ao estado gaúcho e está sendo tratado com rigorosos protocolos sanitários, conforme garantiu o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) neste domingo (18), durante coletiva de imprensa no Vaticano.

“Ela é limitada ao município do Rio Grande do Sul e cumpre totalmente os protocolos sanitários, no sentido de limitá-la e superar o mais rápido possível. O Brasil é exemplo mundial em controle sanitário”, afirmou Alckmin, destacando a resposta rápida do governo federal. A gripe aviária já circula em regiões da Ásia, África e Europa, mas sua chegada ao setor produtivo brasileiro acende o alerta.

Apesar do caso, o Mapa e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam que não há risco de contaminação por meio do consumo de carne de frango ou ovos — desde que devidamente cozidos. A transmissão ocorre apenas por contato direto com aves contaminadas, secreções ou superfícies infectadas. O subtipo identificado, H5N1, é altamente patogênico, com potencial para causar surtos graves em aves e, em casos raros, infecção em humanos. Os sintomas vão desde febre e desconforto respiratório até complicações como pneumonia, falência de órgãos e infecções secundárias. Já em aves, os sinais incluem diarreia, pescoço torto, secreção nasal e alta mortalidade.