Conflitos internos estão abalando a base de apoio de Débora Régis

 

O que parecia ser uma aliança sólida antes das eleições municipais de 2024 transformou-se em um campo de batalha político dentro da base da prefeita de Lauro de Freitas, Débora Régis. O grupo, formado por Débora Régis (UB), Nilton Sapucaia (UB), Juca (PSDB) e Tenóbio (PL)—apelidado de “Quarteto Fantástico”—chegou ao poder prometendo mudanças, mas, menos de dois meses após a posse, a união deu lugar à rivalidade.

As primeiras rachaduras surgiram durante a eleição para a presidência da Câmara Municipal. O nome de Nilton Sapucaia era tido como certo para o cargo, mas, nos bastidores, Débora manobrou e retirou a oportunidade de Sapucaia, contrariando acordos internos. Esse episódio desencadeou um clima de desconfiança e ressentimento entre os aliados.

A tensão não parou por aí. Nilton Sapucaia, um dos principais “aliados” da prefeita, também entrou em conflito com o vice-prefeito Mateus Reis, aumentando ainda mais a instabilidade na base governista. Já o vereador Tenóbio expressou publicamente sua insatisfação com o presidente da Câmara, Juca. Em um vídeo gravado na manhã desta quarta-feira (19), Tenóbio aparece irritado por ter sua fala “supostamente” interrompida durante a sessão.

Outro ponto de desgaste no governo de Débora Régis envolve o empresário Teobaldo, que vinha exercendo influência sobre a Secretaria de Saúde. Inicialmente, ele conseguiu indicar Mirella Macedo para comandar a pasta, mas a prefeita posteriormente substituiu a secretária por outro nome que não fazia parte de suas indicações, gerando insatisfação. Agora, Teobaldo estaria ainda mais incomodado com a dificuldade de retomar o controle da Secretaria de Saúde, um setor estratégico na gestão municipal.

Com tantas disputas e insatisfações, o que antes era um grupo coeso transformou-se em uma sucessão de conflitos internos. O governo de Débora Régis, que começou cercado de expectativas, agora enfrenta desafios políticos que podem comprometer sua estabilidade. A pergunta que fica é: a prefeita conseguirá reverter essa crise, ou sua base continuará se fragmentando?

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