Coordenadora do Circo Picolino esclarece o caso do suposto Leão
A coordenadora pedagógica do Circo Picolino, Simone Requião, esclarece que desde quando foi fundada há 33 anos, em Salvador, a Escola Picolino de Artes do Circo é voltada ao ensino das artes circenses e que nesse período nunca utilizou nenhuma espécie de animal. “Nunca na história do Circo Picolino foi utilizado qualquer espécie de animal, sequer um cachorro ou uma pulga. Todas as nossas atividades são desenvolvidas com base em técnicas circenses como malabares, trapézio, acrobacia e saltos ornamentais, entre outras. Já com relação aos espetáculos, ao final de cada período realizamos apresentações, exclusivamente em Salvador, e com os próprios alunos do projeto, que são crianças com idade entre 7 e 17 anos, de comunidades da periferia”, explica.
Segundo Simone, outro fato que ajuda a desmentir as falsas notícias é que o circo não é itinerante, e que a última viagem feita ao interior ocorreu há mais de dois anos. “Atualmente existe um projeto sendo desenvolvido no Vale do Jiquiriçá, na região sudoeste da Bahia, por Anselmo Serrat, que é diretor-fundador do Circo Picolino, mas também é voltado para aulas de circo”, esclarece Simone, afirmando que o caso deverá ser apurado pelo departamento jurídico do Circo Picolino. “É uma situação desagradável e que pode trazer prejuízo à imagem do circo. Por isso, vamos averiguar o caso e tomar as providências cabíveis”, alerta a coordenadora pedagógica.
Confira a nota na íntegra:
“A Associação Picolino de Artes do Circo, Escola Picolino de Artes do Circo ou também nomeado Circo Picolino, é uma ong conceituada que nunca trabalhou com animais. A Escola Picolino de Artes do Circo foi criada em 1985, com a missão de difundir a arte circense, e contribuir com a formação de novos artistas de circo, realizar espetáculos atingindo um público numeroso e diversificado, promover encontros de artistas e escolas de circo brasileiras.
A Escola de Circo Picolino materializa o grande sonho de muitos jovens que é viver profissionalmente de sua arte, através dos cursos de circo e dos espetáculos apresentados, seja pelos alunos da escola, ou por aqueles que foram alunos e atualmente integram a Companhia de Circo Picolino. Além das realizações na área artístico-cultural, a Escola Picolino prioriza, trabalhos na área social, através do qual, tem dado acesso à cidadania a centenas de crianças e adolescentes. Em 1997, foi criada a Associação Picolino de Artes do Circo,ONG sem fins lucrativos, que abriu possibilidades de novas parcerias.
Hoje a Picolino tem reconhecimento de Utilidade Pública Municipal e Estadual. O circo Rural Picolino funciona da mesma forma, tem os mesmos princípios e ideais, inclusive tem o mesmo idealizador. Esse Breve histórico é para deixar bem claro que essas notícias não procedem. Nós somos uma ESCOLA, não itineramos, não temos caminhão, não temos motorista, e nunca tivemos animais. Essas divulgações e associação com o Circo Picolino estão sendo no minimo leviana. Seria importante que meios de comunicação tomassem cuidado ao divulgar uma reportagem como essa, mesmo porque nem sabemos se o fato é real, e mesmo que fosse e por mais que existam outros Circos Picolino (que não sei se é o caso) isso deveria ficar claro na reportagem para evitar transtornos e prejuízos para um Circo Picolino de importância no cenário artístico e sócio-cultural baiano”.
O LF News pede desculpas ao Picolino por ter associado este fato ao circo. Sabemos da tradição deste renomado Circo. No entanto, a informação de que cerca de 30 animais haviam sido mortos procede e de acordo com os moradores da região, esses animais foram mortos por um Leão.