Copa do Catar: jornal espanhol lista fatores que fazem do Brasil favorito ao hexa

Terminada a primeira rodada da fase de grupos da Copa do Catar, algumas seleções surpreenderam positivamente, outras favoritas decepcionaram, mas o Brasil apresentou um dos melhores desempenhos da competição até aqui. Com a exceção da Espanha — que enfrentou a frágil Costa Rica —, a seleção de Tite dominou as ações em sua estreia no mundial, na vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia, sem levar sustos na parte defensiva, mesmo optando por um esquema com apenas um volante de ofício.
A atuação do Brasil foi destaque na imprensa internacional. O espanhol As fala que a seleção “já faz mágica” nessa copa, enquanto que o argentino Olé aponta atuação com “autoridade e belos gols”. O italiano Tuttosport afirma que o Brasil conseguiu “anular” o adversário, e a emissora SkySports fala em “vitória convincente”, com destaque para o “desempenho brilhante” de Richarlison, autor dos dois gols brasileiros.
Fator Tite
O periódico dá um destaque também para o técnico do Brasil. Em sua segunda copa no cargo, Tite, segundo o Marca, aproveitou o longo período à frente da seleção para aumentar o repertório tático da equipe. A publicação também destaca o alto número de jogadores ofensivos convocados pelo treinador, o que aponta para uma postura ofensiva do time ao longo do torneio.
“O treinador é um dos grandes motivos para o Brasil confiar em sua seleção. O técnico […] campeão mundial de clubes, conseguiu evoluir e saiu do esquema defensivo do Timão para se adequar ao talento individual que preza em seu elenco. Além da figura de Casemiro como suporte, o Brasil joga com um arsenal de talentos difícil de deter. Além disso, é muito confiável quando se trata de proteger seu arco”, resume a publicação.
Força ofensiva
A fartura de opções do meio para frente também é destacada pelo periódico. Para além de Neymar, principal nome da seleção, Tite utilizou no ataque as três vagas extras que as seleções tiveram para esse mundial. O Marca fala em “repertório ofensivo dos sonhos”, apontando a variedade de características entre os convocados.
“Neymar chega em grande momento e é o líder desta equipe pela experiência. Sua temporada no PSG até agora foi sensacional, e ele está confiante de que sua condição física estará boa no Catar. Além disso, ele será acompanhado por um repertório ofensivo dos sonhos. De Vinicius a Antony, passando por Rodrygo , Raphinha , Paquetá, Gabriel Jesus, Pedro…”, destaca o periódico.
A “portaria”
Se a força ofensiva é destaque, o mesmo pode ser dito para a defesa. Ponto forte do técnico Tite desde a vitoriosa passagem pelo Corinthians, a solidez defensiva, traduzida no baixo número de gols sofridos, é uma das armas da seleção nessa copa. Para o Marca, o Brasil está muito bem servido, principalmente, embaixo das traves.
“Poucas equipes podem se orgulhar de ter goleiros tão confiáveis em sua convocação. Para Tite, não será fácil decidir entre Alisson e Ederson, que brilham há anos na Premier League. Além disso, como terceiro goleiro está Weverton, que nos últimos anos foi fundamental para o Palmeiras, bicampeão da Copa Libertadores”, aponta.
Tradição
Por fim, o periódico aponta que a tradição irá contar a favor do Brasil durante o torneio. Destacando os cinco títulos em copas já conquistados pela seleção, a publicação destaca o engajamento dos torcedores durante a Copa do Mundo.
“O Brasil já conquistou a Copa do Mundo cinco vezes, e a nação inteira vive para este torneio. Apesar de a Argentina ter vencido no Maracanã na última Copa América, este evento no Catar desperta uma expectativa muito maior entre os torcedores e, claro, entre os jogadores, que têm cuidado para chegar nas melhores condições”, diz a publicação.
Por O Globo — Doha