Coronel prevê candidatura de Neto e “boa disputa” entre “dois grandes gestores”
O presidente da Assembleia, deputado Angelo Coronel (PSD), reforçou seu interesse em disputar uma vaga ao Senado na chapa do governador Rui Costa (PT), durante entrevista ao radialista Mário Kertész, da Rádio Metrópole, esta manhã. Coronel defendeu a tese de que a Bahia deixe a tradição de eleger senadores atrelados ao cabeça da chapa, se permitindo fazer como ocorre em outros Estados, a exemplo de São Paulo e Goiás, onde senadores e governadores eleitos são de chapas diferentes. “A Bahia é o único Estado onde os senadores são atrelados ao governador. Senador aqui sempre ficou a reboque (nas eleições) do governador. Não se pode esperar o governador puxar o senador. (O senador) Otto foi um exemplo. Ajudou na eleição do governador”, disse Coronel, que previu “uma boa disputa” entre o governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto (DEM), cuja candidatura acredita que será lançada no dia 6 de abril, véspera do prazo da desincompatibilização e do fechamento da janela partidária para mudanças de siglas. “ACM Neto sai candidato. Tenho conversado com deputados federais e estaduais e todos têm convicção de que ele será. Ele construiu o grupo e não ser será uma frustração para este agrupamento político em torno dele”, afirmou o deputado elogiando o perfil de gestor dos dois concorrentes. “Rui é dos melhores governadores que a Bahia já teve e Neto é um grande gestor. Rui também está ajudando Salvador, com obras de leste a oeste”, declarou, fazendo apenas uma ressalva ao que chamou de característica centralizadora do governador. “Rui é focado, trabalhador e centralizador. Acho que deveria abrir mais, porque ele é centralizador. Hoje, você procura um secretário e ele não resolve, quem resolve é Rui, que tem o governo na mão, mas isso atrasa no atendimento da demanda, mas é um bom governador”, declarou Coronel, antecipando ainda que vai permanecer promovendo as ações sociais da Assembleia, apesar das críticas que vem recebendo do Ministério Público sob o argumento de que as iniciativas não são prerrogativa da Casa. “Como é que a Assembleia não pode economizar e ajudar as obras sociais Irmã Dulce, por exemplo?”, questionou.