Corpo de sétima vítima de naufrágio de barco em Madre de Deus é encontrado

 Corpo de sétima vítima de naufrágio de barco em Madre de Deus é encontrado

O corpo de uma sétima vítima de afogamento após um acidente com barco em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador, foi encontrado por volta das 15h30 desta segunda-feira (22). Ele foi identificado como Vanderson Souza, 41 anos. As buscas continuam por pelo menos mais um desaparecido, uma criança, que ainda não foi encontrada. 

O acidente aconteceu na noite do domingo, quando um barco que fazia transporte entre a Ilha de Maria Guarda e Madre de Deus depois de um evento virou. 

Segundo informações da Marinha do Brasil, o acidente aconteceu por volta das 22h. As vítimas são seis adultos e uma criança. Elas foram identificadas como:

 

  • Ryan Kevellyn de Souza Santos, de 22 anos;
  • Flaviane Jesus dos Santos, de 29 anos;
  • Jonathan Miguel de Jesus Santos, de 7 anos;
  • Caroline Barbosa de Souza, de 17 anos;
  • Rosimeire Maria Souza Santana, de 59 anos;
  • Hayala dos Santos Conselho, de 32 anos;
  • Vanderson Souza, 41 anos.

Os enterros dos corpos de Caroline, de Jonathan Miguel e Flaviane serão na tarde de hoje, no Cemitério Jardim da Eternidade, em Madre de Deus.

Segundo a polícia, outras cinco pessoas foram resgatadas e receberam atendimento médico. Ambulâncias das cidades de São Francisco do Conde, Candeias e Salvador foram enviadas para prestar apoio no atendimento médico.

Segundo a prefeitura de Madre de Deus, 12 vítimas foram levadas para o Hospital de Madre de Deus. Dessas, seis pessoas morreram, quatro foram transferidos para Salvador e duas pessoas tiveram alta.

Estão hospitalizados em Salvador: Maria de Fátima, 56 anos, no Hospital Municipal de Salvador (UTI Adulto); Richard Guilherme, 6 anos, no Hospital Geral Roberto Santos (UTI Pediátrica); e Laura Sofia, 1 ano – Hospital do Subúrbio (UTI Pediátrica). A idosa Maria Estelita dos Santos de Souza, 83 anos, foi encaminhada para o Hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas (UTI Adulto).

Condutor está foragido

O condutor do barco que naufragou na Baía de Todos-os-Santos, em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador, fugiu do local depois do acidente, que deixou seis mortos, segundo informação da Polícia Militar. O homem, que não teve nome informado, é dono do barco Gostosão FF, envolvido no acidente na noite do domingo (21).

“Com relação ao condutor, ele chegou a se apresentar no terminal. Mas diante da situação de resgate de vítimas, vítimas sendo ressuscitadas, ele acabou evadindo. Empreendemos diligências no sentido de capturá-lo, mas até agora não tivemos êxito”, disse nesta segunda-feira (22) Diego Pestana Guerreiro, comandante da 10° Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).

Segundo o comandante, ainda não há informação precisa de quantas pessoas estavam na embarcação no momento do acidente. Agora, a PM segue nas buscas pelo condutor.

Briga no barco

O capitão dos Portos da Bahia, Wellington Lemos Gagno, confirmou que houve uma briga no barco que pode ter influenciado no acidente.

De acordo com o capitão, a briga começou antes mesmo do embarque e continuou dentro do barco. “Pode ter ocorrido, mas os inquéritos vão apurar, dessa briga ter levado as pessoas para um mesmo lado da embarcação. Isso tira a estabilidade do barco e pode ser um dos fatores que contribuiu para o emborcamento”, disse.

Ele informou ainda que assim que a Capitania dos Portos tomou conhecimento do acidente, às 22h05, enviou a lancha mais rápida em operação para o local. Mas, devido à extensão da Baía de Todos os Santos, que é a segunda maior baía do mundo, a lancha só chegou cerca de 50 minutos depois.

Gagno também informou que não foi possível verificar se a embarcação possuía os equipamento de segurança, como coletes salva-vidas, e que Capitania dos Portos da Bahia não foi informada em nenhum momento da festa Madre Verão, que ocorreu ontem (21).

Além disso, o saveiro que naufragou é classificado como embarcação de esporte de recreio e, por isso, não pode ser usada para fins comerciais. “Será apurado se o dono do barco estava cobrando passagens para levar as pessoas”, disse.

Outro ponto trazido foi que as condições de navegação estavam boas. “A bandeira estava verde, ou seja, para livre navegação”, concluiu o capitão Wellington Lemos Gagno.

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