Cuidados com crianças durante inverno

 Cuidados com crianças durante inverno

É comum, na estação mais fria do ano, as crianças apresentem mais problemas respiratórios como resfriados, viroses e gripes. Para alertar os pais e responsáveis sobre os cuidados adequados com estes problemas respiratórios, a pneumologista do HEC, Drª Raquel Mascarenhas Freitas, dá dicas.

“No inverno, os casos de doenças respiratórias aumentam por uma série de fatores, a exemplo da sazonalidade viral, que, em geral, no inverno, são mais representativos do que no verão e na primavera. Além disso, neste período de inverno existem condições como aumento da umidade (maior chance de mofo nas casas) e as pessoas tendem a se aglomerar por causa do frio. Alguns sintomas do problema respiratório são: obstrução nasal, secreção no nariz (chamada de coriza ou rinorreia), desconforto respiratório e chiado no peito”, explica a médica.

Ela acrescenta: “Quando a criança é muito pequena, é preciso saber qual o problema respiratório, pois existe uma gama de diagnósticos na Pediatria. Em geral, aconselhamos que os pais procurem um médico, seja pneumologista ou pediatra assistente, para dar o primeiro acompanhamento, examinar a criança e ver se há sinais e sintomas de alerta aparentes, como, por exemplo, boca roxa (cianose), respiração rápida, afundamento embaixo da costela (desconforto respiratório) e ruídos não habituais (chiado e estridor)”, frisa a pneumologista.

Resfriado X gripe – A médica diferencia: “Uma criança com resfriado comum geralmente não tem comprometimento do estado geral, mas pode ter obstrução nasal, coriza, febre baixa e tosse. Já a criança com gripe apresenta sintomas mais intensos: febre alta, irritação, falta de apetite e prostração”, pontua Dra. Raquel Mascarenhas Freitas.

Cuidados nos ambientes – “Os pais devem ter cuidados na higiene dos locais que seus filhos habitam como na creche/escola e os demais ambientes que são visitados (casa dos avós, casa da cuidadora, etc.). É preciso atentar para condições desfavoráveis como mofo, poeira e umidade. Outro ponto importante é evitar que essas crianças tenham contato com pessoas gripadas, pois sabemos que a transmissibilidade do vírus é feita através de partículas respiratórias e pelo contato das mãos”, adverte a pneumologista.

Automedicação e remédios – Sobre a automedicação e o uso de remédios caseiros e pomadas que prometem aliviar a respiração, a pneumologista alerta: “O bebê não pode ser exposto a cheiros fortes, a exemplo de perfumes e alfazemas e nem mesmo usar sabonetes com cheiro. O mesmo vale para medicações com cheiro forte e pomadas que prometem aliviar os sintomas. Até porque há alguns produtos que precisam ser aquecidos e isso pode provocar acidentes. Nunca se deve automedicar uma criança”, ressalta Dra. Raquel Mascarenhas Freitas.

Alimentação nos quadros gripais – “No caso das crianças em aleitamento materno, a mãe deve continuar amamentando o filho e, se possível, induzir a criança a mamar mais vezes ao dia para hidratá-la. No caso das crianças maiores, os pais devem alimentá-la de forma saudável e com bastante líquido, para evitar a desidratação que pode ser um complicador desse quadro”, salienta a pneumologista.

Rinite – Conforme a médica, a rinite é uma doença respiratória que acomete tanto crianças quanto adultos. “O termo rinite foi popularizado por envolver também uma obstrução nasal e, muitas vezes, a criança só tem um resfriado, mas os pais consideram como um quadro de rinite alérgica. Esta doença pode ser classificada como alérgica (causada por alérgenos, a exemplo de poeira doméstica, pólen, pelo de cão e de gato, fungos, fumaça e cheiros fortes) e não alérgica, que tem como características crise de sintomas nasais mais frequentes (coceira, congestão, espirros em salva) ou sintomas contínuos. O tratamento pode ser iniciado pelo médico assistente e, caso não haja uma resposta adequada, o mesmo deve encaminhar o paciente para um especialista”, alerta.

Pneumonia – Por fim, sobre a pneumonia, Dra. Raquel Mascarenhas Freitas explica que esta doença não é curada com xarope. “Existem crianças com fatores de risco da pneumonia, a exemplo dos indivíduos com uma patologia de base (cardiopatia, imunossupressores, desnutridos), aqueles não vacinados e lactentes menores de seis meses. Dentre as maneiras de prevenção da doença estão a vacinação, uma alimentação adequada e o aleitamento materno. Essas atitudes ajudam a reduzir o risco de gravidade de uma pneumonia”, finaliza. 

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