Cunha se recusa a fazer exames que comprovariam aneurisma cerebral e é punido
O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se recusou a fazer os exames médicos que comprovariam aneurisma cerebral que ele revelou em dezembro de 2016 e reforçou nesta terça (7), em depoimento ao juiz Sergio Moro. O exame seria realizado na manhã desta quarta-feira (8), diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Luiz Alberto Cartaxo de Moura. “Ressalto ainda que essa enfermidade foi revelada no dia 21 de dezembro ao corpo médico do CMP [Complexo-Médico Penal], que solicitou à família e aos advogados que fossem encaminhados os exames e os documentos comprobatórios de tal situação, o que até hoje não aconteceu”, reforçou Moura, de acordo com o Paraná Portal. Nesta terça, após quase três horas de depoimento a Sergio Moro, Cunha disse que também sofria do mesmo mal que acometeu a ex-primeira-dama Marisa Letícia e se queixou da estrutura do presídio. “Não tem a menor condição de atendimento se alguém passar mal. São várias as noites em que presos gritam sem sucesso por atendimento médico e não são ouvidos pelos poucos agentes que lá passam a noite”, detalhou. No dia seguinte, o Depen determinou a realização do exame, após duas tentativas de comprovação do aneurisma. Por causa da recusa, Cunha será punido conforme a Lei de Execuções Penais. “A negativa de Eduardo Cunha em realizar exame determinado pelo corpo clínico do Complexo-Médico Penal, nos termos da Lei de Execuções Penais, constitui ‘infração leve’. Ou seja, conselho disciplinar será aplicado a Eduardo Cunha e uma pena leve será colocada em sua ficha carcerária”, afirmou. Moro deverá receber o relatório da atividade médica desta quarta. A defesa de Cunha ainda não se manifestou sobre o assunto.