Cursinho contra operações da Polícia Federal é a moda entre empresas e repartições públicas
A nova moda entre grandes empresas e repartições públicas é a contratação de escritórios de advocacia que simulam batidas da Polícia Federal na sede das empresas ou instituições públicas.
Arquivos físicos, computadores, celulares e documentos pessoais de funcionários são apreendidos e analisados – tudo exatamente como seria feito pela PF em uma de suas operações.
Quem recentemente fez o ‘cursinho’ foi uma gigante do setor farmacêutico.
Entre as descobertas, foram identificados e-mails de um funcionário que sempre repassava a seus superiores documentos da Anvisa. Ele fazia questão de dizer que havia obtido os materiais em primeira mão.
Isso, nas mãos de um investigador, levantaria suspeita se o funcionário não estaria recebendo informações privilegiadas de contatos da agência reguladora.
Após uma análise mais detalhada, descobriram que na verdade o funcionário apanhava documentos públicos e tentava ganhar pontos com os chefes simulando seu acesso exclusivo.
Resultado: acabou tomando um puxão de orelha pelo risco que sua ‘esperteza’ causava à empresa. Com informações Severino Motta.