Dentista baleada na Paralela segue na UTI, mas ‘responde bem’

A cirurgiã-dentista Larissa Azevedo Pinheiro, de 28 anos, continua internada na UTI do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, com estado de saúde grave, mas considerado estável. Ela foi atingida no peito ontem, durante um tiroteio entre suspeitos e policiais, na Avenida Paralela. Um dos bandidos foi morto. Um motorista ficou ferido por estilhaços.
Em uma rede social, a irmã de Larissa compartilhou uma atualização. “Lari responde bem. Esboçando abertura ocular espontânea e quase sem medicação vasoativas”, escreveu. “Estou recebendo muitas mensagens, não consigo responder a todos”, acrescentou.
A família e amigos de Larissa continuam fazendo campanha pedindo doações de sangue para a dentista, de qualquer tipo. A doação pode ser feita indo ao Hospital Roberto Santos e informando o nome da paciente. Qualquer tipo sanguíneo está sendo aceito. O tiro que atingiu Larissa entrou pelo tórax e atravessou o pulmão da jovem, que chegou à unidade médica desacordada e precisou ser reanimada. Ela passou por uma cirurgia de mais de duas horas e, segundo médicos ouvidos pelo CORREIO, perdeu muito sangue.
A campanha pedindo por sangue também foi divulgada pelo Conselho Regional de Odontologia. “O CRO-BA manifesta sua solidariedade à cirurgiã-dentista Larissa Azevedo Pinheiro, vítima de disparo durante um tiroteio na Avenida Paralela, em Salvador. Larissa foi atingida enquanto se deslocava para o trabalho e passou por cirurgia no Hospital Roberto Santos”, diz nota do conselho. “Expressamos nosso apoio e desejamos uma rápida recuperação”.
Larissa estava a caminho do trabalho, vindo de Lauro de Freitas em um mototáxi, quando se viu no meio do tiroteio. O mototaxista que a levava, que prefere não se identificar, contou em entrevista à TV Bahia que o tiro que atingiu a dentista partiu de um bandido. Eles desceram da moto no meio do engarrafamento e confusão para tentar se abaixar no chão e fugir dos tiros. “Eu já estava no chão quando ele [suspeito] passou correndo, e ela estava tentando se abaixar. Eu notei logo que ela estava ferida. Ela perdeu a consciência, tentava falar, mas não conseguiu”, afirmou. “É uma questão de desespero. A gente decidiu [parar] para salvaguardar a nossa vida. Se jogar no chão, o que é certo. Foi desesperador”, completou.