Deputado Hassan comemora os 62 anos de emancipação política de Aiquara e Dário Meira
Aiquara completa nesta sexta-feira (12) 62 anos de emancipação política, mesma data que o município de Dário Meira também comemora sua independência política. “Celebro com alegria a emancipação desses dois municípios, destacando a contribuição que eles tem dado para o desenvolvimento do território do Médio Rio de Contas”, disse Hassan, acrescentando que “através dos seus prefeitos, Delmar Ribeiro, e Wiliam de Alemão, abraço todos os aiquarenses e os dario-meirenses”. Através de moções de aplausos protocoladas na Assembléia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado Hassan registrou essa importante data.
Citando registros históricos, o parlamentar lembra que até o ano de 1915, a área que hoje é a cidade de Aiquara (o refúgio das preguiças, do tupi ay (preguiça) e quara (refúgio), era uma pequena propriedade rural chamada “Preguiça”, pertencente a Honorato José dos Santos.
Consta que um cidadão chamado Juvenal Jeronymo de Oliveira se estabeleceu em uma Fazenda denominada Pontal da Volta Funda, às margem do Rio de Contas, e comprou as terras de Honorato, em 1920. Juvenal doou partes da fazenda para construção de casas, iniciando um povoamento denominado de Povoado Preguiça.
Ainda em 1920 essas terras passaram para o domínio público com o nome de Arraial da Conceição, e em 1932 o povoado passou a se chamar Aiquara. Aiquara foi elevada à categoria de distrito pertencente à jurisdição de Itajurú, antigo Rio Branco, no município de Jequié. A emancipação política de Aiquara foi fixada pela Lei Estadual nº 1.588, de 12 de abril de 1962.
Dário Meira
Ao parabenizar Dário Meira pela data histórica, Hassan destacou o espírito valente e solidário de sua população, lembrando a bravura com que os dario-meirenses se juntaram ao poder público para reconstruir a cidade, destruída pelas enchentes de dezembro de 2021.
Hassan cita que a região onde hoje está localizado o município de Dário Meira fazia parte de uma extensa faixa de aldeamentos indígenas, conhecida como Sertão da Ressaca. Esse território, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio de Contas, era habitado pelos povos indígenas Mongoiós, Aimorés e Pataxós, pertencentes ao tronco Macro-Jê.
Os primeiros moradores da região em que surgiu o município de Dário Meira, pelos idos de 1744 e 1799, foram o sargento-mor Raimundo Gonçalves da Costa e André Rocha Pinto, que em busca de zonas auríferas, exploravam as regiões banhadas pelos rios Gongoji e Novo.
Em 1909, quando o sertanejo Gerônimo Rêgo Moutinho, com sua esposa Ana Moutinho e filhos aportaram naquelas terras, foi que surgiu a primeira propriedade rural, tendo como divisas naturais cercas vivas, as célebres cajazeiras.
Ainda com a presença de índios antropófagos, a esposa de Gerônimo foi ferida por uma flecha. Ela, o esposo e filhos fizeram prece a Nossa Senhora do Desterro, tendo conseguido afugentar os índios, e em cumprimento à promessa feita, fez uma capela em honra à santa. A Nossa Senhora do Desterro, Gerônimo Rêgo Moutinho doou grande faixa de terra da sua propriedade, surgindo assim as primeiras casas, depois o povoado.
Em 1924 foi criado o Distrito de Cajazeiras através da Lei n° 1.728, de agosto de 1924, sendo instalado em 29 de abril de 1925, subordinado ao município de Boa Nova -BA.
Elevado à categoria de cidade pela Lei n° 1.667, de 12 de abril de 1962, desmembrou-se do município de Boa Nova, emancipando-se politicamente, recebendo o nome de Dário Meira, em homenagem ao político boanovense, que, à época de epidemia de doenças contagiosas, sendo dono de uma pequena farmácia, socorria a população.