Dia Nacional de Combate à Tuberculose: dados da Bahia alerta para Importância do Tratamento Completo

 Dia Nacional de Combate à Tuberculose: dados da Bahia alerta para Importância do Tratamento Completo

No Dia Nacional de Combate à Tuberculose, a Bahia relembra a importância do combate a essa doença infecciosa que ainda persiste como um desafio de saúde pública. Dados recentes mostram que a tuberculose continua afetando milhares de baianos, com 15.719 novos casos e casos de retratamento notificados entre janeiro de 2022 e agosto de 2024. Embora o estado registre avanços no tratamento, a taxa de mortalidade ainda é significativa, exigindo atenção à continuidade do cuidado e prevenção do abandono de tratamento.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP), registrou no sistema SINAN/SUS um total de 15.719 casos novos de tuberculose entre 2022 e 2024. Esses casos foram distribuídos da seguinte forma:

• 2022: 5.839 casos notificados.
• 2023: 6.279 casos notificados.
• 2024 (até 5 de agosto): 3.601 casos.

Esses números refletem o impacto contínuo da tuberculose e a necessidade de ações mais eficazes para controle e prevenção. Além dos novos casos, a doença tem tirado quantidade significativa de vidas: foram 415 óbitos em 2022, 393 em 2023 e 238 óbitos até 7 de agosto de 2024, conforme dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM/SUS).

Causa e sintomas

Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose é transmitida pelo ar e afeta principalmente os pulmões, mas pode comprometer outras partes do corpo. Os sintomas incluem tosse persistente, febre, perda de peso e fadiga. O agravante é que a doença, se não tratada corretamente, pode levar a complicações graves e até à morte.

Consequências

A tuberculose impacta de forma desproporcional pessoas em situação de vulnerabilidade social, como aquelas em condições de moradia precárias, mal nutridas ou com dificuldade de acesso ao sistema de saúde. Pessoas com imunidade comprometida, como portadores do HIV, têm ainda maior risco de desenvolver a forma ativa da doença.

Tratamento

O tratamento da tuberculose é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele combina antibióticos de uso contínuo por pelo menos seis meses, e interromper o tratamento pode levar à resistência bacteriana, tornando a tuberculose mais difícil de tratar e aumentando o risco de transmissão. O abandono do tratamento é um dos maiores desafios, pois muitos pacientes, ao começarem a se sentir melhor, deixam de seguir o regime completo.

Para combater o abandono, é fundamental que os pacientes entendam a importância do tratamento completo, que as unidades de saúde ofereçam apoio e acompanhamento contínuo. Profissionais de saúde alertam que a interrupção pode levar ao retorno dos sintomas, à resistência do bacilo e até à morte.

Os medicamentos contra a tuberculose são eficazes, mas exigem compromisso do paciente. Com o tratamento adequado, as chances de cura são altas. Além disso, o SUS oferece suporte gratuito, como o fornecimento de todos os medicamentos necessários para o tratamento, incluindo isoniazida e rifampicina, além de combinações de antibióticos para casos de tuberculose resistente.

O combate à tuberculose envolve não apenas acesso ao tratamento, mas também políticas de prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento constante. Em um cenário de dados alarmantes, o Dia Nacional de Combate à Tuberculose reforça a necessidade de um esforço coletivo que envolve autoridades, profissionais de saúde e a sociedade. 

 

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