Dicas básicas para fugir de enrolações ao levar o carro na oficina
Ao levar o carro a uma oficina ou autocenter para fazer alinhamento e balanceamento, em geral na promoção, você recebeu uma lista de reparos que quase o condena.
É tanto defeito que não dá nem para saber como o veículo chegou inteiro ao elevador.
Como ter certeza de que é tudo conversa mole?
Pergunte quanto tempo dá para rodar com o carro como está
Uma empurroterapia bem aplicada conta não só com o desconhecimento do cliente, mas também com o fator tempo e a ansiedade do dono do carro. Se o defeito não for caso de vida ou morte, dá para levar seu veículo ao mecânico de confiança.
“Existe hoje um esforço para transformar os mecânicos em vendedores. Eles ganham um fixo mais comissão pelas peças que ajudam a vender”, diz especialista.
Avise que vai levar a peça gasta ou avariada
O padrão dos “empurroterapeutas” é instalar a peça nova e sumir com a anterior. Se você pede para levá-la embora, a chance de cair em golpe é bem reduzida.
“Eles ficam com medo de que o cliente leve a peça usada a alguém de confiança e depois voltem exigindo a devolução do dinheiro. Nesse caso, preferem evitar a dor de cabeça”, diz.
Outra boa pedida é pedir para conversar com o supervisor da oficina para pedir uma segunda opinião. Isso costuma desmotivar quem age mais interessado na venda do que no cliente.
Desconfie de orçamentos longos
Sintoma clássico da empurroterapia é uma lista com muitos consertos. Se seu carro passa sempre por manutenção preventiva, não há motivos para que tenha defeitos demais.
“Um veículo com acompanhamento constante tem custo de manutenção em torno de R$ 0,09 a R$ 0,12 por quilômetro rodado. O carro que para na oficina só após dar defeito custa R$ 0,32. Ou seja, é três vezes mais caro remediar do que prevenir”, diz.
Tenha um mecânico de confiança
Você não tem obrigação de conhecer seu automóvel de trás para a frente, mas precisa saber em quem confiar numa emergência. É o profissional que, por exemplo, ouvirá o diagnóstico por telefone e garantirá que o veículo pode sair do autocenter sem o risco de uma quebra iminente.
Por Gustavo Henrique Ruffo