Diego Coronel descarta punição coletiva e promete agilidade na apuração de motim na Câmara

 Diego Coronel descarta punição coletiva e promete agilidade na apuração de motim na Câmara

O corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD), afirmou nesta quarta-feira (13) que não haverá punições coletivas aos parlamentares envolvidos no motim que bloqueou a Mesa Diretora da Casa. Segundo ele, cada caso será analisado de forma individual, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Coronel informou que os 14 deputados notificados terão cinco dias úteis para apresentar defesa. O prazo máximo para conclusão do relatório é de 45 dias, mas o corregedor adiantou que pretende concluir o trabalho antes. “Vamos dar celeridade, sem recorrer ao tempo total permitido”, assegurou.

O deputado relatou que não presenciou o ato, acompanhando as cenas apenas pela televisão. “Eu estava em agenda externa. Acompanhei pelas imagens da Rede Globo”, declarou.

Casos específicos

Entre os processos analisados está o da deputada Camila Jara (PT-MS), acusada de agredir o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) durante o tumulto. Nesse caso, Coronel devolveu a representação à Mesa Diretora, que decidirá se o processo retornará à Corregedoria ou seguirá diretamente ao Conselho de Ética.

Outro episódio de destaque envolve o deputado Marcos Pollon (PL-MS), que alegou ter Transtorno do Espectro Autista (TEA) para justificar a resistência em deixar a cadeira do presidente da Câmara. Coronel disse que poderá convocar uma junta médica especializada caso o argumento seja mantido. As imagens da TV Câmara serão usadas como prova.

O que disse o corregedor

• Punição individualizada: “Não haverá punição coletiva; cada caso será avaliado separadamente.”

• Prazo para defesa: 5 dias úteis para resposta dos parlamentares notificados.

• Relatório final: Entrega em até 45 dias, com intenção de concluir antes.

• Caso Camila Jara: Encaminhado à Mesa Diretora para decisão sobre o trâmite.

• Caso Marcos Pollon: Possível junta médica; uso das imagens da TV Câmara como prova.

Contexto do motim

O motim ocorreu após a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, levando um grupo de deputados a ocupar a Mesa Diretora por quase 40 horas, impedindo a continuidade dos trabalhos legislativos. A representação foi encaminhada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que a Corregedoria identifique e proponha punições aos envolvidos.

Entre os citados estão parlamentares como Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS), além de Camila Jara.

Ao final, o deputado destacou que a condução do caso será técnica, célere e com garantias legais, reforçando que situações específicas, como a de Pollon, receberão atenção diferenciada e, se necessário, análise médica especializada.

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