Drone Phantom 4 com câmera 4k e diferentes modos de voo é testado

O Phantom 4 é um drone fabricado pela empresa chinesa DJI capaz de gravar vídeos em 4K e alcançar até 5 km de distância. Ele já está à venda no Brasil pelo preço de R$ 8.300. Para descobrir mais sobre o Phantom 4 e saber se vale a pena comprar o drone, confira o teste do TechTudo, que traz as primeiras impressões sobre o robô.

O design não mudou muito do Phantom 3 para o 4, mas o novo drone está mais moderno e elegante. Sua montagem é bem simples: basta inserir a bateria e encaixar as quatro hélices (cada uma tem uma cor correspondente para evitar erros). A parte mais complicada é que ele só funciona com um dispositivo conectado ao controle – que pode ser um smartphone ou tablet. As operações são feitas por meio de um aplicativo, o DJI GO disponível para aparelhos Android, iPhone e iPad (iOS). Depois da adaptação, o app tende a ser uma boa ajuda no manuseio do drone.

O Phantom possui três modos de voo: inicial, mediano e esporte. A diferença é que nos modos mediano e esporte (que pode chegar a até 72 km/h), o drone para por inércia, ou seja, ele não interrompe o movimento lentamente, o que é bom para vídeos. No entanto, a vantagem do modo inicial é que ele reconhece pessoas e objetos por perto, permitindo parar o movimento de forma mais brusca e rápida. Nossos testes foram realizados no modo inicial, que oferece um manuseio mais seguro ao detectar a presença de objetos por perto. Isso é possível, porque, além da câmera de vídeo, o Phantom tem câmeras estereográficas que o permitem “enxergar” as pessoas ao redor.

A bateria leva cerca de 1 hora e 20 minutos para carregar e oferece autonomia de, aproximadamente, 27 minutos de voo. A princípio, pode parecer pouco, mas vale lembrar que o drone é recomendado para uso profissional. Além disso, é possível comprar baterias extras pelo preço de R$ 930.

drone

O quadricóptero alcança até 5.000 pés de altura – cerca de 1,5 km – e é capaz de “andar” por uma distância de até 5 km do dono. No entanto, ele vem de fábrica com 120 metros de altura ativados. Pelo software, é possível aumentar essa configuração, mas não é recomendado usar o drone em sua altura máxima, segundo a fabricante. Com a tecnologia Light Bridge, é possível transmitir a imagem capturada por ele. Ou seja, o usuário controla o drone pelo aplicativo e tem acesso, em tempo real, às imagens do local por onde o dispositivo estiver passando. Se acontecer algum problema com a transmissão da imagem, tudo fica gravado no cartão de memória, que fica acoplado na câmera do drone.

Por falar nisso, a câmera do Phantom 4 grava vídeos em 4K, mas pode filmar em Full HD ou slow motion (câmera lenta) e fazer fotos. O drone tem estabilização por meio de campo eletromagnético que impressiona. Ele é capaz de se manter equilibrado, mesmo com ventos mais fortes, de até 30 km/h, segundo a DJI. Além disso, durante os nossos testes, mesmo quando empurrado, o dispositivo continuava em equilíbrio. O resultado são imagens de alta qualidade e estáveis gravadas pelo Phantom. Vale ressaltar que, quanto mais vento, mais bateria o drone gasta para se estabilizar.

Os controles são simples e lembram os de um carrinho de controle remoto. Apesar disso, dá um certo receio em um primeiro momento. Uma dica é fazer todos os movimentos de forma suave para não correr o risco do drone ir muito longe e o piloto perder o controle. Além disso, sempre que o usuário sentir que fez algum comando errado, basta soltar os botões do controle. Para calibrar o GPS, é preciso girar o drone em torno do seu próprio eixo, na vertical e na horizontal. O procedimento não é dos mais práticos, mas também não toma muito tempo do usuário.

Pelo aplicativo no tablet conectado ao controle, é possível executar as funções de seguir um objeto e iniciar um voo com apenas um deslize na tela. O app também permite controlar a exposição, como em uma câmera profissional. É possível definir a abertura da lente e a velocidade do obturador. Há também um modo automático, que determina tudo isso de acordo com o que a câmera achar melhor. Esse modo de controle da exposição é útil para fotos em ambientes noturnos. O drone não deve ter desempenho espetacular à noite apenas com essas configurações, mas é possível acoplar uma luz para resultados melhores.

A principal diferença do Phantom 4 para sua versão anterior é a capacidade de seguir pessoas ou objetos. Durante os testes, com apenas uma configuração pelo aplicativo, o drone seguiu uma pessoa, percorrendo o mesmo caminho do “alvo”.

Outro recurso interessante é que, se o drone perceber que não há mais sinal de rádio, ele é capaz de retornar sozinho para o lugar de onde partiu. Basta que o controlador acione um botão no aplicativo. Além disso, o Phantom tem luzes que indicam a proa e a popa, percentual de bateria e quando o GPS está ativo. Vale lembrar que ele não é resistente à água, ou seja, ele pode até suportar uma chuva leve, mas seu motor não pode ser molhado.

O Phantom 4 custa R$ 8.300, o que é um investimento alto para um usuário casual, por exemplo. No entanto, é importante dizer que seu uso tem foco mais profissional, já que não é um brinquedo. Por exemplo, tem sido cada vez mais comum o uso de drones para socialização de crianças autistas, como uma espécie de “terapia”, assim como para proteção ambiental, principalmente para encontrar focos de incêndio, e até mesmo na agricultura.

Com isso, é possível afirmar, considerando o preço e as especificações do Phantom 4, que o drone é mais indicado para profissionais, e não tanto para iniciantes. O motivo não é tanto o nível de dificuldade no manuseio, mas uma pessoa experiente com esse tipo de aparelho tem mais chances de fazer melhor proveito da ficha técnica do dispositivo.

 

Por Aline Batista

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