Empresário vai buscar amiga no aeroporto é confundido com Uber e fica três horas detido
Ficou complicado buscar algum amigo ou familiar que desembarca no Aeroporto de Salvador, depois da intensificação das operações de combate ao transporte clandestino de passageiros, que disputam o serviço com os taxistas da cidade.
É certo que a fiscalização deve acontecer e qualquer tipo de ilegalidade tem que ser punida. Porém, condutores de veículos particulares, que não se enquadram nessa situação, reclamam de abordagens que, muitas vezes, resultam em indevida perda de tempo.
Uma das reclamações chegou através de denúncia feita pelo empresário e representante comercial, de 41 anos, que preferiu se identificar, apenas, como Wagner. Ele relatou que, na quinta-feira passada (5/1), foi ao aeroporto buscar uma amiga que chegava de São Paulo e ficou impossibilitado de deixar o local, por cerca de três horas, ao ser confundido como um prestador de serviço do aplicativo Uber.
Após embarcar a amiga e o namorado dela em seu carro (um Renault/Fluence), Wagner foi abordado, antes da saída do terminal, por uma blitz formada por policiais militares, agentes da Transalvador e funcionários da Secretaria da Mobilidade do município.
Segundo o empresário, lhe foi pedido, como é a praxe, o documento do carro e a carteira de motorista. “Depois me perguntaram os nomes dos passageiros. Como eu tinha acabado de conhecer o namorado da minha amiga, não lembrei seu nome e eles acharam que eu estava trabalhando para o Uber”, comentou Wagner.
Ele relatou que, apesar de não ter sido maltratado pelos servidores públicos, a situação não deixou de ser constrangedora, já que recebia amigos de outro estado e acabaram retidos no aeroporto, por conta da confusão.“Eles desembarcaram às 9h30 e somente às 12h30 puderam ir para o [bairro do] Rio Vermelho, onde estão hospedados”, disse.
Demonstrando-se chateado com o ocorrido, Wagner admitiu que amadurece a ideia de entrar com um processo na justiça. “Não pretendo ganhar dinheiro com isso, mas torço para que as fiscalizações sejam eficazes e não passemos por constrangimentos nessa queda de braço entre clandestinos e prefeitura,” finalizou.