Encontro discute educação em tempo integral nas escolas da rede municipal

Gestores das escolas de tempo integral da Rede Pública Municipal de Ensino de Lauro de Freitas foram ouvidos pela gestão nesta terça-feira (17/6), no Centro Administrativo de Lauro de Freitas (CALF). O encontro, proposto pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), reuniu 10 escolas que atuam nessa modalidade. Essa iniciativa foi bem recebida pelos profissionais que ansiavam por esse momento de encontro.
Na rede pública, essa modalidade de ensino visa não apenas ampliar o tempo de permanência dos estudantes na escola, mas também oferecer uma formação mais integral. Para a secretária da SEMED, Tamires Andrade, esse tema é de grande importância. “A educação em tempo integral representa uma oportunidade para transformar a realidade de muitos estudantes, especialmente em contextos de vulnerabilidade social”.
O objetivo do diálogo foi ouvir os profissionais da rede, discutir temáticas comuns, como infraestrutura e questões didático-pedagógicas; além de buscar soluções e alinhar os processos de trabalho. Nelsonivia Costa de Souza, coordenadora pedagógica e articuladora do Programa Educação Integral em Tempo Integral listou desafios que precisam ser superados como a padronização do horário, o transporte escolar, o planejamento, questões de higiene dos alunos, recursos e adequações que precisam ser realizadas visando a melhor qualidade desses espaços para os estudantes. “A nossa lei diz que precisamos garantir acesso, mas, sobretudo, permanência desses estudantes”, defendeu.
Para Marcos Fellipe Costa Marques, presidente do Conselho Municipal de Educação (CME), o encontro foi uma oportunidade de defender essa abordagem pedagógica. “Anísio Teixeira já propôs, lá atrás, um modelo de educação integral e não apenas de tempo integral, respeitando a vivência desses estudantes. Nesse contexto, essas escolas saem na frente”, defendeu.
A formação com integralidade, que visa o desenvolvimento pleno do ser humano, em todas as dimensões de sua existência é o que defendem os educadores. Entre eles, Danilo Mendes, coordenador pedagógico da Escola Municipal Engenho Caji, que atende 360 alunos no bairro. “A escola de tempo integral demanda uma organização diferenciada. O aluno passa o dia lá e esse espaço precisa oferecer mais que escolarização. Precisamos ofertar suporte pedagógico, emocional e cognitivo. Essa reunião visa unificar os nossos processos de trabalho e atender melhor às nossas crianças, sobretudo aqueles em estado de vulnerabilidade social”, defendeu.
O encontro reuniu também o subsecretário da pasta, Vanilson Luz (Mizoca), a equipe da SEMED e o Conselho Municipal de Educação (CME) na busca coletiva pela efetividade dessa educação que depende de políticas públicas consistentes, investimentos e um projeto pedagógico inovador para que a escola seja um espaço de transformação e desenvolvimento.