Fachin dá cinco dias a PGR para denúncia contra Temer
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (22) abrir prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer (PMDB), a partir das delações da JBS.
A partir da intimação, a PGR terá prazo legal de cinco dias para decidir sobre eventual denúncia contra o peemedebista e outros citados nas investigações, entre eles, o ex-deputado e ex- assessor pessoal de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
O ministro também pediu para que a Polícia Federal remeta, “tão logo ultimados”, o relatório final sobre o caso e a perícia feita da gravação da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F. A PF havia pedido um prazo extra de cinco dias para concluir as investigações.
Além de corrupção passiva, o inquérito contra o presidente também investiga os crimes de obstrução de Justiça e formação de organização criminosa.
Caso haja a apresentação de denúncia, o processo terá de ser analisado pela Câmara dos Deputados e só terá prosseguimento no STF se for aprovado por 342 dos 513 deputados. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que está disposto a suspender o recesso parlamentar de julho para analisar a denúncia. A expectativa hoje é de que Temer teria força para barrar o processo no Legislativo.