Família pede indenização de R$ 200 mil após troca de cadáveres em voos

A família da atendente Andréia Lubarino Santana, que faleceu no ano passado aos 36 anos em São Paulo e teve o corpo trocado com outro no translado para Salvador, entrou com uma ação na Justiça pedindo R$ 200 mil de indenização à empresa Gollog, contratada para o serviço de transporte aéreo. 

O caso ocorreu em maio de 2015, quando a atendente estava internada no Instituto Nacional de Câncer, na capital paulista, devido a uma leucemia. Ela não resistiu à doença, acabou morrendo e a família optou por trazer o corpo para ser enterrado em Salvador.

Na época, a empresa Gollog, serviço de cargas da companhia aérea Gol, trocou o corpo de Andréia com o do idoso, Luis Sobral Silva, 88, que também havia morrido em São Paulo.

Segundo a advogada da família, Simone Neri, desde a época do ocorrido, a família vem tentando resolver a questão de maneira amigável, porém, sem sucesso. “A empresa está tratando o caso como um extravio de mala. Devido a esta falta de sensibilidade os familiares recorreram à justiça”, afirmou ela.

A audiência de conciliação está prevista para o dia 10 de novembro. De acordo com Simone, caso as partes cheguem a um acordo nesta audiência, o processo se encerra. Caso contrário a Gollog deve apresentar uma defesa para ser analisada pela juíza.

“Acredito que a empresa não trará uma proposta de acordo. Ela não vem tratando a questão com a devida responsabilidade e deve manter a mesma postura”, disse a advogada. O caso deverá ser julgado pela juíza Laura Scalldaferri Pessoa, da 10ª Vara de Relações de Consumo de Salvador.

Em nota, a Gol informou que “prestou a assistência necessária aos familiares” e “que tomou as devidas medidas para que situações semelhantes não voltem a ocorrer”.

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi procurado pelo CORREIO, porém, não se posicionou.

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