Farmacêutica desenvolve ‘coquetel’ supostamente capaz de prevenir coronavírus

 Farmacêutica desenvolve ‘coquetel’ supostamente capaz de prevenir coronavírus

Os pesquisadores Jean Pierre Schatzmann Peron, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), e Patricia Cristina Baleeiro Beltrão Braga, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) falam sobre a pesquisa “The Brazilian Zika vírus causes birth defects in experimental models” desenvolvida por eles na Universidade de São Paulo (USP). (Rovena Rosa/Agência Brasil)

A farmacêutica Regeneron informou em um comunicado nesta terça-feira (26) que desenvolveu um coquetel de anticorpos monoclonais capaz de prevenir a infecção pelo novo coronavírus. Os resultados ainda são provisórios.

Conforme a empresa, 400 pessoas que foram expostas à Covid-19 participaram do teste. Metade recebeu uma injeção da terapia de anticorpos, chamada de Regen-Cov, e a outra metade recebeu um placebo. Os resultados mostraram que o número de infecções entre quem recebeu o tratamento foi menor e os que contraíram a doença ficaram assintomáticos.

Segundo os resultados, aqueles que receberam o coquetel não ficaram infectados por mais de uma semana, já 40% das infecções do grupo que tomou o placebo duraram entre três e quatro semanas. Nenhuma das pessoas que receberam a terapia apresentaram altas cargas virais. Já no grupo placebo, 62% possuíam altas cargas de transmissão do vírus.

“Esses dados usando Regen-Cov como uma vacina passiva sugerem que pode reduzir a transmissão do vírus, bem como reduzir a carga viral e da doença naqueles que ainda são infectados”, afirmou o presidente e diretor científico da Regeneron, George Yancopoulos.

“Mesmo com a disponibilidade emergente de vacinas ativas, continuamos a ver centenas de milhares de pessoas infectadas diariamente, espalhando ativamente o vírus para seus contatos próximos. O coquetel de anticorpos Regen-Cov pode ajudar a quebrar essa cadeia, fornecendo imunidade passiva imediata para aqueles com alto risco de infecção, em contraste com as vacinas ativas que levam semanas para fornecer proteção”, completou.

A expectativa é que os dados completos do estudo sejam disponibilizados no início do próximo trimestre. Atualmente, os Estados Unidos autorizam a utilização do coquetel de anticorpos em pacientes infectados pela doença que apresentam casos leves ou moderados e que não estejam hospitalizados, contudo, apresentem alto risco de desenvolver sintomas graves.

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