Feirão da Caixa encerra neste domingo (28) com imóveis a partir de R$ 115 mil. Tem imóveis em Lauro de Freitas
Com 17.335 imóveis disponíveis, sendo 15 mil novos, o Feirão da Caixa acontece até este domingo, 28, no estacionamento I1 do Shopping da Bahia, e tem a previsão de realizar cerca de 25 mil atendimentos. Estão sendo oferecidos imóveis que vão desde R$ 115 mil, do Minha Casa, Minha Vida, até R$ 639 mil.
Aos 43 anos, o vigilante Adenilton Costa Santos está planejando comprar o seu primeiro imóvel e deixar de pagar aluguel. “Estou procurando um (apartamento) na faixa de R$ 100 mil”, afirmou Santos, que mora em Cosme de Farias e pretende continuar na região de Brotas.
Natural de Conceição do Jacuípe, onde tem casa própria, o porteiro Jorge Cerqueira de Jesus, 58 anos, vive em Salvador há oito anos e desde a sua chegada paga aluguel. Agora, está pretendendo comprar uma casa. “Alguma coisa que meu salário dê para pagar”, afirma Jesus.
São clientes com esse perfil que estão animando as construtoras MRV e Tenda, gigantes da construção de moradias populares que brigam pela hegemonia na região metropolitana de Salvador.
“Estamos com uma ótima expectativa. Temos mais de 1.500 unidades à venda em Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas”, afirma o diretor regional da Tenda na Bahia, Rodrigo Hissa, que comanda uma equipe de 50 funcionários por turno em seu estande.
A concorrente MRV calcula receber aproximadamente 2.500 pessoas interessadas em informações sobre imóveis, durante os três dias do evento, e comercializar em torno de 100 unidades.
O foco da empresa na Bahia também está em Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari. “Noventa e cinco por cento dos financiamentos de imóveis que realizamos são do Minha Casa, Minha Vida”, afirma o gerente de vendas da MRV na Bahia, Luís Felipe Monteiro. No estande da empresa trabalham cerca de 150 pessoas, divididas em três turnos. As duas empresas pagam o valor do Imposto de Transmissão Intervivos (ITIV) para os clientes que comprarem imóveis.
Decisão sobre o ITIV
Presente à cerimônia de abertura do feirão, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), Samuel Arthur Prado, elogiou a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que suspendeu esta semana a cobrança antecipada do Imposto de Transmissão Inter Vivos (ITIV), que desde 2014 vinha sendo cobrado pela prefeitura de Salvador no momento da assinatura dos contratos de compra e venda de imóveis na planta.
“Ainda cabe recurso, mas torço que seja mantida essa decisão da Justiça. Há várias outras taxas que o comprador tem que pagar e eu defendo a cobrança do ITIV quando o cliente receber o imóvel”, afirma Prado.
O Creci ainda manifestou o apoio a uma proposta de parcelamento desse imposto, que está em discussão na Câmara Municipal de Salvador.
Duas autoridades presentes à abertura ressaltaram a importância do feirão para a retomada do crescimento do setor da construção civil e mencionaram o “momento que o país vive” em seus discursos.
A expressão foi repetida pelo vice-presidente de gestão de pessoas da Caixa Econômica Federal, Marcos Jacinto, e pelo secretário municipal da habitação, Almir Melo.
O secretário também ressaltou o bom relacionamento que mantém com o coordenador técnico da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, Gabriel Nunes.
“Esperamos que o Feirão da Caixa ajude a recuperar o mercado”, afirmou Melo. Ao sucedê-lo no microfone, Nunes disse que, “apesar de estarem em lados políticos opostos, os dois têm colaborado um com o outro em prol de políticas de habitação em Salvador.
“A Caixa Econômica Federal é a turbina do mercado da construção civil no Brasil”, afirmou o vice-presidente do banco, Marcos Jacinto, ressaltando que a Caixa é responsável por 67% do crédito imobiliário no país.
O superintendente regional da Caixa, José Anselmo Lopes Cunha, declarou que o feirão é uma oportunidade para as famílias realizarem o sonho de adquirir a casa própria. “No feirão, os visitantes podem contar com as condições facilitadas que a Caixa oferece, além de ter acesso aos principais lançamentos e a diversos imóveis, novos ou usados, disponíveis na região”, disse.
O presidente do Creci, Samuel Arthur Prado, também ressaltou a importância do evento para o mercado. “Já era importante nos anos em que a construção estava no auge. Agora, durante a crise, é ainda mais”, disse Prado.
Ele defendeu que as promoções feitas pela Caixa durante o feirão sejam estendidas por mais um tempo. “O ideal seria que esses benefícios ficassem valendo pelos próximos 30 dias”, afirmou. A entrada no Feirão da Caixa é gratuita. Os documentos exigidos são RG, CPF e comprovante de renda.