FGV divulga local de prova para reaplicação de Exame da Ordem em Salvador
Os candidatos que vão fazer o Exame da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) em Salvador no próximo domingo (14) já podem consultar o local de prova no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A data da prova foi remarcada após o candidato Frank Oliveira da Costa, 36 anos,ameaçar explodir uma bomba no campus da Unijorge, onde era realizada prova. Após ser detido ficou comprovado que ele levava balas de gengibre amarradas ao corpo.
A reaplicação da prova não vai trazer custos adicionais para os inscritos. O local continua sendo o campus da Unijorge, na Avenida Paralela. Frank foi eliminado da participação por “comportamento indevido”, previsto no item 3.6.21 do edital.
De acordo com o novo calendário, divulgado pela Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado e a FGV, os gabaritos devem ser divulgados no mesmo dia de realização do exame. E o resultado preliminar da 1ª fase está prevista para ser publicado no dia 19 de agosto.
Entenda o caso
Uma ameaça de bomba suspendeu o exame da Ordem no último dia 24, no campus da Unijorge, na Avenida Paralela. O caso causou pânico no campus e muitos candidatos largaram pertences e documentos às pressas. O tumulto aconteceu após o candidato Frank Oliveira dizer que tinha bombas amarradas ao corpo e pediu que os colegas evacuassem o prédio.
Em uma mochila, ele carregava apenas roupas e bananas nanicas. Segundo a OAB, Frank tentou fazer o exame 14 vezes, mas não conseguiu ser aprovado – Frank prestou o exame oito vezes em Salvador e seis em Natal, Rio Grande do Norte, onde morou por cerca de dois anos. Ele foi detido após a confusão, prestou depoimento e em seguida foi liberado.
Durante a negociação para se render, contudo, Frank disse ter participado do exame em 18 oportunidades. Por isso, não conseguia emprego. Para a própria mãe, que mora em Natal (RN) e falou com o CORREIO por telefone, o bacharel em Direito deveria ter sido levado para um hospital, depois de sair do prédio da faculdade.
“Ele é um pai de família, desempregado. Passou no concurso para trabalhar em Brasília, em 10º lugar, e perdeu de trabalhar por causa dessa OAB. Em vez de levarem ele pro médico, liberaram”, criticou a mulher, identificada apenas como Silene, antes de dizer que tinha condições de falar sobre o assunto e que ainda decidiria se viria de Natal para resolver a situação. “É doloroso”, desabafou.