Flávio Dino chama de “absurdo” a frente de estados do Sul e Sudeste

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), comentou sobre a união do consórcio formado pelos estados do Sul e do Sudeste para barrar propostas no Congresso Nacional que possam causar perdas econômicas para as duas regiões, ideia defendida pelo governador Romeu Zema (Novo). Neste domingo (6), sem citar o nome de Zema, Dino afirmou que o chefe do poder Executivo pode ajudar a viabilizar “divisões regionais”.

“É absurdo que a extrema-direita esteja fomentando divisões regionais. Precisamos do Brasil unido e forte. Está na Constituição, no art 19, que é proibido “criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. Traidor da Constituição é traidor da Pátria, disse Ulysses Guimarães”, escreveu o ministro da Justiça.

Romeu Zema defendeu, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo neste sábado (5), ações de um consórcio de estados do Sul e Sudeste para se defender no Congresso Nacional de perdas econômicas em resposta aos estados do Norte e Nordeste. Segundo o governador de Minas, o recém-formado Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) vai buscar “protagonismo político”.

Em outro trecho da entrevista ao Estadão, Zema criticou a ausência do Sul e do Sudeste em fundos de combate à pobreza que devem ser criados a partir da reforma tributária.

Também neste domingo, o Consórcio Nordeste, formado por governadores da região, emitiu comunicado em protesto às falas de Zema. “Ao defender o protagonismo do Sul e Sudeste, (o governador de Minas) indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vem sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento”, lê-se em trecho do documento, assinado pelo governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que lidera o Consórcio Nordeste.

Também neste domingo, o Consórcio Nordeste, formado por governadores da região, emitiu comunicado em protesto às falas de Zema. “Ao defender o protagonismo do Sul e Sudeste, (o governador de Minas) indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vem sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento”, lê-se em trecho do documento, assinado pelo governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que lidera o Consórcio Nordeste.