“Fusão do DEM e PSL foi um abraço de afogados”, critica Éden Valadares
O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares criticou, em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu, nesta quarta-feira, 27, a fusão do Democratas com o PSL, que resultará em um novo partido. “Qual o programa desse novo partido para o Brasil? Ninguém viu, ninguém sabe”, criticou Éden.
“ACM Neto não fez fusão de partidos, ele matou o Partido do avô dele porque vinha definhando. O DEM que Neto queria, que tentou construir era um partido jovial, moderno, urbano, civilizado, e ele perdeu esse partido. O DEM hoje é a bancada da bala, a bancada do agro, do boi, é quem mais dá sustentação a Jair Bolsonaro, é quem está feliz com um racista na Fundação Palmares, quem está feliz de ter um militar na Funai que, em vez de defender os índios, organiza a expulsão dos povos originais da sua terra, é quem está feliz com o ‘tal passar a boiada na Amazônia’ “.
O presidente do Diretório Estadual do PT Bahia enumerou as saídas de nomes importantes do DEM, como os do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; o vice-governador de São Paulo e, mais recentemente, o presidente do senado, Rodrigo Pacheco. “Neto perdeu a liderança sobre o seu Partido. Então a parte moderna, contemporânea que ele queria dar ao partido, ele não conseguiu. O Partido foi sendo derrotado, veio definhando e para não morrer em praça pública se juntou com outro que já vinha definhando também, que é o PSL. O PSL tem 50 deputados eleitos na onda Bolsonarista, mas quando Bolsonaro definir a filiação dele, muita gente vai sair também. A fusão do DEM e PSL foi um abraço de afogados”, afirmou Éden.