Geddel é condenado por improbidade administrativa e perda dos direitos políticos no caso La Vue
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) foi condenado pela Justiça Federal, nesta terça-feira (31), por improbidade administrativa por ter usado seu cargo para pressionar pela liberação por parte do Iphan da construção de um prédio de luxo em Salvador, o La Vue, onde ele teria comprado um apartamento. A acusação partiu do ex-ministro, Marcelo Calero.
Geddel foi condenado a perda dos direitos políticos por cinco anos. Além disso, ao pagamento de multa civil de 10 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente enquanto Ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República; proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. A decisão é da juíza federal substituta, Diana Wanderley.
Relembre o caso
A acusação culminou com a saída de Geddel do governo, em novembro de 2016, e com o embargo da obra do La Vue pelo Iphan. Geddel teria pressionado Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura, pasta responsável pelo Iphan, pela liberação das obras do prédio La Vue, na Ladeira da Barra, área nobre de Salvador,que tinham sido embargadas. O Iphan justificou a decisão em razão do impacto em bens tombados na vizinhança, como o forte e farol de Santo Antônio.
Desde o início, a defesa de Geddel negou que ele tenha exercido influência política pela liberação do empreendimento. No entanto, ele foi preso em setembro de 2017, após a Polícia Federal encontrar R$ 51 milhões em malas dentro de um apartamento em Salvador.