Gilmar Mendes proíbe investigação contra Glenn Greenwald por vazamento de mensagens
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes atendeu na noite de ontem (7) o pedido do partido Rede Sustentabilidade e concedeu uma medida liminar que proíbe investigação contra o jornalista Glenn Greenwald pela recepção, obtenção ou transmissão das mensagens vazadas do Telegram de Deltan Dallagnol.
O magistrado defendeu a liberdade de expressão e de imprensa na decisão.
“É corolário imediato da liberdade de expressão o direito de obter, produzir e divulgar fatos e notícias por quaisquer meios. O sigilo constitucional da fonte jornalística impossibilita que o Estado utilize medidas coercivas para constranger a atuação profissional e devassar a forma de recepção e transmissão daquilo que é trazido a conhecimento público”, escreveu.
Glenn Greenwald fundador e colunista do site The Intercept Brasil, que tem publicado uma série de reportagens denominada Vaza Jato, em conjunto com outros veículos de imprensa.
A última publicação apontou que o então corregedor-geral do Ministério Público Federal, Hindemburgo Chateaubriand Filho, criticou, em julho de 2017, de maneira informal, a conduta do procurador na divulgação de uma palestra. Ele ressaltou a gravidade da situação, no entanto, deixou de abrir apuração oficial.