Governo do Bahia não descarta privatizar estatais para reduzir custos
O governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) aceitou nesta semana suspender a dívidas dos estados com a União por até um ano. Em contrapartida, o peemedebista exigiu que os Estados privatizem algumas estatais. Na Bahia, essa possibilidade de conceder a iniciativa privada empresas do governo não está descartada.
Em entrevista, o secretário estadual da Casa Civil, Bruno Dauster, afirmou que essa medida poderá ser tomada em virtude da crise econômica do país. No ano passado, o governo para enxugar a máquina extinguiu da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e a Empresa de Turismo da Bahia S.A (Bahiatursa), além de privatizar a Empresa Baiana de Alimentos, que gerencia a rede de supermercados Cesta do Povo.
“Em uma situação de extrema carência de recursos, como essa, podemos tomar essa medida para reduzir os custos, que estão muito alto. Mas não há nada neste sentido e a situação financeira é muito dinâmica”, afirmou
O secretário lembrou que o Estado já ultrapassou o limite prudencial com gasto de pessoal no primeiro quadrimestre de 2016. De acordo com dados apresentados pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), neste período, o percentual gasto em relação à Receita Corrente Líquida foi de 48,27%. O limite prudencial é de 46,17%, já o máximo é de 48,60%.
Conforme informações do jornal A Tarde, cálculos preliminares dos técnicos da Sefaz indicam que a Bahia deixará de pagar R$ 300 milhões este ano de juros e amortizações da dívida com a União e parcela junto ao BNDES. Em 2017, R$ 310 milhões e R$ 33 milhões em 2018. Total de R$ 644 milhões.