Greve do transporte metropolitano começa terça e deve paralisar transporte em Lauro de Freitas e mais 6 cidades da RMS: “Empresa não tem condições de operar”, diz sindicato

31/05/2025

A partir da próxima terça-feira (3), usuários do transporte metropolitano da Região Metropolitana de Salvador (RMS) devem enfrentar uma paralisação de grandes proporções. Motoristas da empresa Avanço anunciaram greve por tempo indeterminado, o que deve afetar 15 linhas de ônibus e impactar diretamente sete cidades baianas: Lauro de Freitas, Candeias, Camaçari, Madre de Deus, Simões Filho, Santo Amaro e São Francisco do Conde.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro-BA), Mário Cleber Costa, a situação é insustentável. “A empresa não reúne condições mínimas de operação. Os ônibus estão sucateados, velhos, e os melhores veículos foram desviados para outras cidades, como Valença e Lauro de Freitas”, denunciou.

A decisão de paralisar as atividades foi tomada após o envio de um ofício à Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia), há 15 dias, solicitando providências quanto à precariedade do serviço prestado pela empresa. Segundo o sindicato, não houve resposta ou ação concreta da autarquia até o momento.

A greve promete causar transtornos significativos a milhares de passageiros que dependem diariamente das linhas operadas pela Avanço. Confira abaixo as linhas afetadas:

Estação Mussurunga × Jambeiro
Areia Branca/Jambeiro × Piatã
Vida Nova/Itinga × Piatã
Vida Nova/Itinga × Boca da Mata (via São Cristóvão)
Portão × Estação Águas Claras (via Areia Branca)
Estação Aeroporto × Hospital Metropolitano
Camaçari × Estação Mussurunga
Camaçari × Estação Águas Claras (via BA-093)
Camaçari × Simões Filho
Camaçari × São Francisco do Conde (via Candeias)
Camaçari × Santo Amaro / São Francisco do Conde
Candeias × Simões Filho (via BR-324)
Candeias × Águas Claras (via BR-324)
Candeias × Lauro de Freitas (via Estação Aeroporto)
Madre de Deus × Estação Águas Claras (via BR-324)

A paralisação escancara mais uma vez os problemas estruturais no sistema de transporte intermunicipal da Bahia, levantando questionamentos sobre a atuação da Agerba e a qualidade do serviço prestado à população da RMS.