Hassan e Zé Cocá cobram transparência e regras claras da ANTT para nova concessão das BRs 324 e 116

 Hassan e Zé Cocá cobram transparência e regras claras da ANTT para nova concessão das BRs 324 e 116

Durante a audiência pública realizada nesta quinta-feira (8), em Vitória da Conquista, o deputado estadual Hassan (PP) e o prefeito de Jequié, Zé Cocá, expressaram forte preocupação com a forma como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vem conduzindo o processo de licitação para a nova concessão das BRs 324 e 116. Ambos cobraram um cronograma claro de investimentos e tarifas, além de maior diálogo com a sociedade. “Lutamos muito para tirar a concessão da ViaBahia, que não cumpriu o contrato por 15 anos. Agora, não aceitaremos um novo modelo sem transparência e sem garantias de fiscalização e retorno para os baianos”, afirmou Hassan.

Entre as cobranças feitas por Hassan está a confirmação sobre os R$ 500 milhões já licitados pelo Dnit para manutenção emergencial das rodovias e se esse montante será abatido do novo contrato. O parlamentar também solicitou a realização de uma audiência pública em Jequié para discutir, com mais detalhes, as duplicações previstas, como a da Serra do Mutum e melhorias no perímetro entre Jequié e Jaguaquara. Já Zé Cocá, que representou a União dos Municípios da Bahia (UPB), ressaltou a importância de envolvimento dos prefeitos e da sociedade civil no processo, destacando que o novo contrato ainda passará pelo crivo do Tribunal de Contas da União e só deve entrar em vigor em 2027.

O projeto da nova concessão, chamado Rota 2 de Julho, prevê R$ 24 bilhões em investimentos por 30 anos, com duplicações, viadutos e novas praças de pedágio, que passarão de sete para 14. Segundo Hassan, esse novo modelo pode beneficiar excessivamente a futura concessionária, que assumirá as vias já reformadas pelo Dnit. Ele criticou a previsão de apenas “tapa-buracos” nos dois primeiros anos e apontou o risco de tarifas triplicadas. “A ViaBahia faturava R$ 480 milhões por ano; a nova vencedora poderá arrecadar mais de R$ 2,5 bilhões anuais. Precisamos garantir que esse lucro traga retorno real à população”, concluiu.

Foto: Aquila Novais

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