Hidra de Lerna se originou em delação de Bené, que citou propina a Negromonte

 Hidra de Lerna se originou em delação de Bené, que citou propina a Negromonte

Uma das delações premiadas que originou a operação Hidra de Lerna, da Polícia Federal, foi do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, investigado na Acrônimo. A nova ação da PF foi deflagrada nesta terça-feira (4) contra grupo criminoso responsável tanto pela possível prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia quanto por esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades. 

Bené disse que Marcio Fortes, ministro das Cidades do governo Lula, recebeu 1 milhão de reais de um esquema para dar a conta da pasta à Propeg, em 2010. Ele também disse em delação premiada que o ex-ministro das cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, Mário Negromonte, recebeu propina de R$ 1 milhão. 

Assim como Negromonte, o ex-deputado Pedro Corrêa também teria recebido valor equivalente a 10% do contrato de publicidade.
 
A delação de Bené foi homologada em maio pelo Superior Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Acrônimo – investigação da Polícia Federal que atribui crime de corrupção ao governador de Minas Fernando Pimentel (PT), ex-ministro do Desenvolvimento do governo Dilma. 

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, Bené afirmou que por volta de 2010, Negromonte o procurou. Segundo o delator da Acrônimo, Negromonte pretendia ‘influenciar’ em licitação da área de publicidade do Ministério das Cidades. O plano seria beneficiar a Propeg.

Negromonte e Pedro Corrêa – na época, réu do Mensalão – iriam receber, segundo Bené, 10% do ‘resultado’ da operação. O acordo previa que o ministro Márcio Fortes, que ocupou o cargo entre 2005 e 2011, e um assessor dele, conhecido por ‘Alcione’, ficariam com uma parte do valor do contrato, desde que a Propeg fosse a escolhida.

Em resposta, na época, Mário Negromonte afirmou que a empresa Propeg é da Bahia, seu Estado, e que ele não precisaria da intermediação de Bené para tratar de qualquer assunto envolvendo a empresa. “A Propeg é da Bahia. Eu ia precisar do Benedicto para fazer alguma intermediação de conversa? Não tem sentido. Jamais procurei ele para esse tipo de contato”, afirmou ao diário paulista.

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