Hilton Coelho denuncia violência contra professoras e critica Bruno Reis: “Lei do piso está sendo rasgada”

 Hilton Coelho denuncia violência contra professoras e critica Bruno Reis: “Lei do piso está sendo rasgada”

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) fez duras críticas ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), e à condução da Câmara de Vereadores durante a mobilização dos servidores da educação municipal, marcada por confrontos e denúncias de agressões. Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (27), Hilton afirmou que houve violência e intimidação contra as professoras e que a prefeitura está descumprindo a Lei do Piso Nacional do Magistério.

“Está evidente para toda a cidade o péssimo comportamento do prefeito Bruno Reis, que sequer se pronuncia à imprensa enquanto Salvador enfrenta uma greve na educação, ameaça de paralisação de todo o serviço público e possibilidade de greve no transporte. E diante disso, o que vemos é uma multidão de pessoas pagas para fechar a Câmara de Vereadores e agredir verbalmente professoras. Uma cena de violência institucional e machismo”, denunciou o parlamentar.

Hilton Coelho esteve presente durante os atos e justificou sua participação como um dever institucional, já que é membro da Comissão de Serviços Públicos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). “A tarde foi extremamente violenta, poderia ter sido ainda mais se não houvesse um parlamentar acompanhando. Fizemos apenas nossa obrigação, defendendo a legalidade e os direitos das professoras. A Lei do Piso Nacional do Magistério está sendo rasgada pelo município e isso precisa ser dito com todas as letras.”

O deputado também criticou a postura da Câmara de Vereadores, que realizou a sessão de votação do reajuste em um espaço fechado no subsolo do Centro Cultural da Câmara. “Fecharam as portas da casa do povo para o próprio povo. Isso é inaceitável em qualquer democracia.”

Hilton ainda respondeu sobre uma possível representação contra ele na Assembleia por sua participação no protesto. Ele negou qualquer irregularidade e afirmou que, se houver processo, será com base em informações falsas. “Se for instalada alguma comissão para me punir, só pode ser sustentada por provas forjadas. Estive lá pedindo calma, acompanhando como deputado. Desafio que apresentem qualquer prova contra mim que não seja minha presença em solidariedade a uma categoria agredida. Meu mandato tem lado, e é o lado das lutas sociais legítimas.”

O deputado reafirmou seu compromisso com os servidores públicos e com o direito à manifestação pacífica. Ele classificou o episódio como “triste para a democracia de Salvador” e defendeu a retomada do diálogo por parte do Executivo municipal.

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