Hospital na Bahia completa 163 anos e continua referência em doenças infecciosas
Construído em 1853 para ser um hospital de isolamento com a missão de atender pacientes com febre amarela vindos de navios mercantes, o Hospital Couto Maia superou as expectativas da época se tornando referência em doenças infecciosas e parasitárias. Após 163 anos da fundação, a unidade localizada no bairro de Monte Serrat, em Salvador, se mantém como único hospital da Bahia especializado no tratamento de doenças infectocontagiosas.
Dispondo de 97 leitos – incluindo seis de unidade de terapia intensiva (UTI) e 30 pediátricos -, o hospital tem ainda ambulatórios de infecção geral, HIV e neuroinfecção. Hoje atende em média dois mil pacientes por mês, totalizando 24 mil ao ano. No internamento, 60% dos pacientes são portadores do vírus HIV e recebem todo o suporte para o controle da doença.
Segundo a diretora do hospital, Ceuci Nunes, embora a estrutura da unidade seja antiga, os resultados obtidos nos últimos anos têm apresentado avanços positivos. “O hospital é antigo e tem infraestrutura complexa, mas os indicadores são os melhores possíveis. Para se ter uma ideia, a taxa de letalidade de meningite, em 2015, foi de 3,2%. O percentual [representou] uma redução considerável, levando em conta que já chegou a 17% no passado, e a literatura médica aceita algo entorno de 10%”.
Pronto atendimento
O Hospital Couto Maia oferece pronto-atendimento 24 horas para pacientes referenciados e regulados no Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço de internação contempla os públicos masculino, feminino e infantil, com 650 funcionários empenhados para garantir o melhor atendimento, que será ampliado em 20% com a construção do novo Instituto Couto Maia (Icom), no bairro de Águas Claras, em Salvador.
O Icom vai funcionar como a nova sede do Hospital Couto Maia e terá 120 leitos, sendo 20 de UTIs, o que ampliará a capacidade de atendimento de pacientes com doenças infectocontagiosas e da assistência ambulatorial. Será implantado ainda o serviço de apoio diagnóstico com equipamentos de radiologia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, endoscopia digestiva, eletrocardiografia e eletroencefalografia.
O instituto terá ainda centro cirúrgico e ampliação dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), além de agência transfusional, serviço de reabilitação e de logística. O hospital será a segunda unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) a utilizar o modelo de gestão Parceria Público-Privada (PPP). A primeira foi o Hospital do Subúrbio, em Salvador. Repórter Leonardo Martins / Secom Bahia.