Igreja Católica inicia processo para eleger novo Papa

Após o falecimento do Papa Francisco em 21 de abril, o Vaticano prepara-se para o conclave que elegerá o 267º pontífice da Igreja Católica. A cerimônia de abertura está marcada para 7 de maio, na Capela Sistina, reunindo 133 cardeais eleitores de 71 países — o colégio mais diverso geograficamente da história da Igreja .
O que é o conclave?
O conclave é o processo secreto e solene pelo qual os cardeais elegem o novo Papa. A palavra vem do latim cum clave (“com chave”), referindo-se ao isolamento dos eleitores para evitar influências externas . Desde o século XIII, esse procedimento ocorre sob regras rígidas, com os cardeais hospedados na Casa Santa Marta e proibidos de qualquer comunicação externa.
Como funciona a eleição?
Para ser eleito, o candidato precisa obter dois terços dos votos — neste caso, 89 dos 133 cardeais presentes. No primeiro dia, há apenas uma votação; nos dias seguintes, são realizadas até quatro votações diárias. Se após 34 votações não houver consenso, apenas os dois cardeais mais votados permanecem elegíveis, mantendo-se a exigência de maioria qualificada .
A cada votação, os resultados são sinalizados por fumaça: preta indica que não houve eleição; branca, que um novo Papa foi escolhido. Após a eleição, o novo pontífice aceita o cargo, escolhe seu nome e é apresentado ao público com a tradicional proclamação “Habemus Papam” .
Expectativas e desafios
Este conclave ocorre em um momento de debates internos na Igreja. Há uma divisão entre cardeais que desejam continuar as reformas iniciadas por Francisco e aqueles que preferem uma abordagem mais conservadora . Entre os possíveis candidatos estão o cardeal italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle .
Independentemente do resultado, o novo Papa enfrentará desafios significativos, como a continuidade das reformas, o papel das mulheres na Igreja e questões sociais contemporâneas. A comunidade católica mundial aguarda com expectativa a escolha de seu novo líder espiritual.